Como uma artista se torna lenda? Um punhado de Grammys na prateleira já pesa na balança, mas quando falamos de Kacey Musgraves a discussão ganha contornos maiores. A norte-americana mostrou neste domingo, 28 de setembro, que prêmios contam, mas é no palco que se mede a verdadeira grandeza de um nome. E na Audio, em São Paulo, ela entregou um espetáculo que justifica cada linha escrita sobre sua ascensão.
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O show, único em formato solo no Brasil dentro da “Deeper Well World Tour”, chegou com peso de evento histórico. Se no dia anterior Kacey havia se apresentado no Jaguariúna Rodeo Festival, trazendo frescor a um palco dominado por estrelas do country nacional, em São Paulo a atmosfera foi outra. A casa lotada vibrava como se testemunhasse um rito de passagem: o encontro entre uma artista no auge criativo e um público que esperou anos por essa chance.
A apresentação foi um exercício de carisma e precisão técnica. Kacey transita com naturalidade entre o country e o pop, dissolvendo fronteiras e mostrando que a categorização importa pouco diante de uma voz tão marcante e de uma presença magnética. Ela domina a narrativa sonora como quem já entendeu que autenticidade é a sua maior arma.
O setlist percorreu momentos distintos de sua carreira. De faixas mais recentes do álbum “Deeper Well”, como a faixa-título que encerrou a noite, até marcos como “Golden Hour” e “Rainbow”, Musgraves construiu um fio condutor que equilibrava introspecção e celebração. Quando puxou “Follow Your Arrow” ou “Merry Go ’Round”, a plateia respondeu com coro coletivo, confirmando a força que essas composições carregam ao vivo.
O momento mais simbólico talvez tenha sido “Neon Moon”, clássico do Brooks & Dunn, revisitado com a delicadeza que só uma artista segura de sua identidade consegue imprimir. Ali, Kacey reafirmou algo essencial: mais que revisitar tradições, ela sabe reinterpretá-las e ressignificá-las para novas gerações.
Em termos de produção, nada excessivo. O show apostou em visual limpo, luzes que valorizavam as transições emocionais e um desenho de palco pensado para destacar a conexão entre artista e público. Foi a performance em si que ocupou o centro do espetáculo, e Kacey soube sustentar essa escolha.
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