O relógio já começou a correr e a expectativa só cresce. Faltam poucos meses para o Rock in Rio 2026 tomar a Cidade do Rock, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro. E, antes mesmo de qualquer artista subir ao palco, existe aquele ritual que movimenta fãs, grupos no WhatsApp, planilhas de organização e muita ansiedade: a chegada do Rock in Rio Card, que será vendido no dia 9 de dezembro, às 19h, exclusivamente pela Ticketmaster Brasil.
O Card funciona como uma espécie de pré-compromisso emocional. O público compra primeiro, escolhe o dia depois e entra em um modo de expectativa que dura meses. Membros do Rock in Rio Club terão acesso antecipado entre os dias 4 e 8 de dezembro, sempre às 19h. O ingresso vale para um único dia e libera circulação por todas as áreas do festival, com acesso ao setor de Gramado. A organização reforça a importância do cadastro prévio para evitar surpresa na hora H, porque o lote é limitado e costuma evaporar com rapidez.
O histórico comprova isso. Em 2022, o Card sumiu em 1h28. Em 2024, foram 2h04 para que os 180 mil ingressos disponíveis desaparecessem, deixando 460 mil pessoas na fila virtual. É gente suficiente para encher mais de uma edição e meia do festival. E quem acompanha de perto sabe: quando o Card entra em cena, começa também a temporada oficial de apostas para o line-up.
Para 2026, os valores permanecem dentro da política de acessibilidade anunciada pelo festival. A inteira custará R$ 795, a meia-entrada ficará em R$ 397,50 e o Ingresso Itaú sairá por R$ 675,75. Clientes Itaú terão desconto de 15% e poderão parcelar em até oito vezes sem juros. Os demais cartões terão parcelamento em seis vezes. O PIX seguirá disponível com prazo curto de validação e sem taxa de serviço. Cada CPF poderá comprar até quatro Cards, com direito a uma meia-entrada, além da possibilidade de uma meia adicional para acompanhante de pessoa com deficiência. Toda a política de acesso segue as legislações vigentes para estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência, garis da Comlurb, menores de 21 anos, maiores de 60 anos e professores da rede pública do Rio de Janeiro.
Com o Card prestes a entrar em pré-venda e a cidade já respirando clima de festival, o Caderno Pop selecionou cinco apostas que têm tudo para figurar entre os grandes nomes do Rock in Rio 2026.
Linkin Park
A banda está no Brasil em novembro com a turnê “From Zero World Tour”, mas passou longe do Rio de Janeiro. Isso sempre acende um alerta. A nova formação liderada pelos vocais de Emily Armstrong chamou atenção, arrastou multidões e reacendeu o interesse por um repertório que marcou gerações. A ausência no Rio deixa uma brecha natural na agenda e transforma o Rock in Rio em um palco ideal para consolidar essa fase recém-inaugurada.
Bring Me The Horizon
O Bring Me já virou queridinho nacional. Passou por grandes festivais em São Paulo, lotou o Allianz Parque em 2024 e reforçou a conexão com o público brasileiro. Oliver Sykes, com sua história de amor quase folclórica com o país, é um fator que alimenta ainda mais essa relação. É um nome que faz sentido para o festival, que conversa com o público jovem e que entrega um show de altíssima energia.
Pearl Jam
Existe algo quase inevitável entre Pearl Jam e Rock in Rio. A banda tem uma relação histórica com o Brasil e já faz tempo que seu nome não aparece no line-up do festival. É aquele tipo de aposta que surge naturalmente, porque existe alinhamento de perfil, de público e de tradição. Pearl Jam tem a cara do evento.
No Doubt
O retorno do No Doubt é um dos acontecimentos mais significativos da cena pop e alternativa recente. A banda anunciou a residência “No Doubt Live at Sphere” em Las Vegas para maio de 2026, em comemoração aos 30 anos de “Tragic Kingdom”. Antes disso, já havia se reunido para o Coachella 2024 e para o festival beneficente Fire Aid 2025. A agenda cheia, a retomada consistente e o impacto histórico da banda colocam o nome de Gwen Stefani e companhia como uma das apostas mais empolgantes para 2026. É um reencontro que o público brasileiro espera há anos.
Iron Maiden
Bruce Dickinson deu a letra durante o show no The Town 2025. Nada direto, nada explícito, mas suficiente para acender especulações. O Iron Maiden se tornou quase residente não oficial dos palcos brasileiros. Sempre que vem ao país, arrasta multidões tanto em festivais quanto em turnês solo. É o tipo de nome que traz segurança para o line-up, cria uma narrativa de tradição e mantém viva a herança do metal no festival.
No fim das contas, as apostas de 2026 mostram um cenário com variedade, legado, retorno histórico e energia de sobra. É o tipo de mistura que sempre definiu o Rock in Rio. Agora é esperar o Card abrir, garantir presença e seguir acompanhando os rumores até que o festival revele oficialmente quem vai transformar a Cidade do Rock em um dos grandes eventos do ano.
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