Enquanto muita gente ainda digeria o que sobrou da avalanche sonora de 2024, uma nova leva de discos já vinha engatilhada para ocupar o fone, o coração e os debates do ano. Em seis meses, o pop foi elevado, o reggaeton foi politizado, o R&B se despediu com classe, e até TikTokers provaram que sabem, sim, fazer um álbum. A seguir, os 10 lançamentos internacionais mais marcantes de 2025 até aqui, com espaço para gigantes, surpresas e até alguns renascimentos.
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10 melhores álbuns internacionais lançados no primeiro semestre de 2025
“Debí Tirar Más Fotos”, Bad Bunny
Bad Bunny deixou o ego de lado e abriu o coração político. Em “Debí Tirar Más Fotos”, ele olha para Porto Rico com a sensibilidade de quem entende que sua arte também é território. Entre plena, jíbaro e salsa, ele costura memórias, feridas coloniais e resistência cultural num disco que é tão íntimo quanto coletivo. Não é um álbum fácil. Mas é urgente, vivo e necessário. Bad Bunny amadureceu. E nos convida a amadurecer junto.
“Mayhem”, Lady Gaga
A Lady Gaga que grita em “Mayhem” não está pedindo licença. Ela invadiu 2025 com o pé na porta e um disco que é puro excesso, estética e caos orquestrado. Aqui tem industrial, synth-pop, disco, pop rock e suor. Tudo junto, tudo pulsante. O dueto com Bruno Mars em “Die with a Smile” é o tipo de momento que prova que Gaga ainda sabe entregar espetáculo com substância. Em “Mayhem”, ela não só se reinventa: ela sabota a própria fórmula.
“Hurry Up Tomorrow”, The Weeknd
O fim de uma era nunca foi tão cinematográfico. “Hurry Up Tomorrow” é o capítulo final da trilogia de Abel Tesfaye antes de aposentar oficialmente o nome The Weeknd. Tem participação de Florence Welch, Anitta, Lana Del Rey, e uma trilha sonora que parece flutuar entre o apocalipse emocional e a libertação. Além do álbum, um longa psicológico completa a experiência. Se é uma despedida, é daquelas que ficam ecoando na mente por muito tempo.
“Eusexua”, FKA Twigs
Twigs está em outra órbita. E faz questão de nos arrastar pra lá. “Eusexua” é mais do que um disco: é uma performance etérea, sexual, experimental e radicalmente bela. Do primeiro single, “Eusexua”, até os sons labirínticos de “Drums of Death”, o disco soa como se estivesse o tempo inteiro em combustão lenta, prestes a explodir. Um ritual eletrônico para corpos livres e mentes inquietas.
“Glory”, Perfume Genius
Perfume Genius sempre escreveu como se sangrasse, mas em “Glory” ele compartilha a ferida com uma banda inteira. O resultado é um álbum generoso, textural, onde a dor dança com a delicadeza em composições que brilham até no silêncio. A presença de Aldous Harding e a produção de Blake Mills ampliam o que já era intenso. “Glory” é vulnerável e luminoso. E isso nunca foi tão importante.
“At the Beach, in Every Life”, Gigi Perez
A estreia de Gigi Perez é um sussurro que vira grito. “At the Beach, in Every Life” é um disco sobre luto, fé, amor e transformação. Dedicado à irmã falecida, o álbum é uma carta aberta ao passado, mas com os olhos voltados para o horizonte. Gigi entrega composições honestas, sem filtros nem estratégias. Um debut que já nasce com identidade própria.
“Addison”, Addison Rae
Pare tudo: Addison Rae agora é oficialmente popstar. Em “Addison”, ela troca os filtros do TikTok por beats afiados, melodias pegajosas e produção ousada. Com ajuda de Charli XCX no DNA e uma coleção de hits prontos como “Diet Pepsi” e “High Fashion”, Rae surpreende por assumir riscos e não tentar agradar todo mundo. Em vez disso, ela se entrega ao pop como quem finalmente entendeu a própria voz.
“Sincerely”, Kali Uchis
Kali Uchis continua sua missão de fazer álbuns que parecem cartas abertas ao universo. E “Sincerely” é uma dessas cartas. Cheio de doçura e intensidade, o disco equilibra perfeitamente o sentimentalismo da soul music com a inventividade do pop contemporâneo. “Sunshine & Rain…” e “ILYSMIH” são joias cintilantes em um trabalho coeso, cheio de alma. E a turnê que vem aí promete ser um espetáculo à altura.
“Withered”, D4vd
D4vd conseguiu algo raro em tempos acelerados: um álbum de estreia que realmente soa como um mundo novo sendo criado. Em “Withered”, ele explora desilusões, amores frustrados e vazios com letras afiadas e produção minimalista. Vindo do sucesso viral de “Romantic Homicide”, ele poderia ter escolhido o caminho fácil. Em vez disso, escolheu se aprofundar. E esse mergulho vale cada faixa.
“Sable, Fable”, Bon Iver
Bon Iver é o tipo de artista que cria paisagens. E em “Sable, Fable”, ele pinta duas. Uma folk, acústica e contemplativa. Outra mais pop, soul e digital. A dualidade do álbum é seu maior charme: Justin Vernon dá voz a um amor recém-descoberto com a sabedoria de quem passou anos procurando. Dijon, Danielle Haim e Jacob Collier ajudam a colorir esse novo Bon Iver. Mas é a clareza das composições que mais impressiona.
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