O cantor e compositor mineiro Lorenzo comemora nesta sexta-feira (09) o relançamento do seu primeiro álbum completo de estúdio gravado em 1999, “No Style”. O trabalho está disponível em todas as plataformas digitais pelo selo musical Marã Música. O relançamento do álbum, que chega pela primeira vez nos apps de música, é também uma volta do artista ao nome artístico que o consagrou, “Zé Guela” – por isso tanto Lorenzo (alter ego pelo qual é conhecido atualmente) quanto Zé Guela assinam “No Style”.
“‘No Style’ foi o meu primeiro álbum completo de estúdio gravado em 1999 na cidade de Alfenas-MG. Antes um pouco, no ano de 1997, eu havia gravado dois ‘demos’, o primeiro com duas canções e o segundo com quatro”, conta Lorenzo. “A partir desse momento, as outras canções foram surgindo e decidi gravar o álbum com 11 canções. Na época, eu não tinha uma banda, tocava nas noites do sul de Minas sozinho e não tinha um estilo definido. Ao mesmo tempo que eu tocava Bossa Nova e Jazz no piano, ia para o violão e tocava Pop-Rock. E assim, nesses pequenos shows, experimentava tocar as primeiras canções autorais. Essas canções nasciam de maneira muito espontânea, tanto que vieram baladas compostas em francês no piano, reggae e pop no violão, soul e o que eu mais gostava de compor nessa fase: ‘rocks irreverentes’. Essas canções junto com o meu apelido de infância de ‘Zé Guela’ começavam a se encaixar no meu início de carreira”, completa.
Trazendo 11 faixas autorais e fazendo jus ao nome, “No Style” é um álbum com diversas sonoridades e traz um caldeirão de ritmos e influências. Na época em que foi gravado, a ideia do artista (que ainda não tinha banda fixa), era registrar suas primeiras canções autorais. “Convidei 3 bateristas diferentes, diversos guitarristas, baixistas e músicos amigos que eu conhecia para entrarem no estúdio comigo. As canções iam sendo arranjadas e descobertas durante as gravações. Foi uma experiência incrível. Tanto que rolou de tudo: baladas românticas em francês, reggae, rock, soul e muita irreverência. Por isso o título de ‘No Style’ fazia muito sentido”, explica Zé Guela. “As composições nasciam com as minhas primeiras experiências juvenis, namoros, decepções e sonhos. Os momentos de solidão no meu quarto faziam eclodir as letras e depois eu ia para o piano ou para o violão tentar colocar as melodias. Assim comecei a compor.”
Trazendo de volta o nome artístico que o consagrou, especialmente em seu estado natal (Minas Gerais), Zé Guela retorna e assina o álbum ao lado do alter ego de seu criador: Lorenzo. “‘Zé Guela’ foi um apelido dado no clube que eu frequentava, o Alfenas Tênis. Um amigo de infância, chamado ‘Assombroso’, me deu esse apelido, devido a minha voz ser muito fina e eu cantar nas festinhas de amigos da escola. Como todos só me chamavam de Zé Guela, eu decidi usar esse apelido como nome artístico. As minhas primeiras canções flertavam com o ‘rock irreverente’ , e então esse apelido de infância caiu como uma luva”, ele explica.
A personalidade Lorenzo nasceu em 2019, 20 anos após o início da carreira do artista como Zé Guela. “O ‘Lorenzo’ é um alter ego do ‘Zé Guela’ que surgiu em um momento de dor e de homenagem ao meu pai. Após o desencarne do meu pai, eu gravei um álbum ‘Piano e Voz’ em homenagem a ele e as canções soavam eruditas e com grande influência espírita. Nesse momento eu vi a necessidade de criar esse alter ego e lancei o meu quinto álbum intitulado ‘Vem me encontrar no pôr do sol’ com o meu sobrenome ‘Lorenzo’. Este nome acabou ganhando uma identidade forte e aproveitei pra gravar mais um álbum, dessa vez com banda e uma levada mais folk e pop intitulado ‘Abrace a Lua cheia’ (lançado em janeiro deste ano) que teve a participação da banda NDK, e dos cantores Gau Pass e Jonavo”.
Sobre as expectativas para esse importante relançamento e momento de sua carreira, Lorenzo, afirma: “Estou muito ansioso. Esse foi o meu primeiro disco e numa época em que eu ainda era muito jovem. As primeiras canções são sempre inesquecíveis. Também acho importante pois é a primeira vez que esse álbum será disponibilizado nas plataformas digitais, pois essas canções foram lançadas apenas em CD no ano de 1999. Esse disco inclusive foi ‘pirateado’ na época e rodava pelas bancas de todo o interior de Minas Gerais. Para quem viveu esse momento, isso era sinônimo de notoriedade e assim o Zé Guela cresceu no meio popular e também alternativo do Estado. Como disse, na época eu não tinha uma banda, tocava apenas sozinho e onde eu ia, as minhas canções já estavam rodando na boca de todos. Até mesmo as rádios FM tocavam as canções desse meu primeiro CD e isso chegou a me assustar. Eu não tinha empresário, não sabia negociar meus shows, era uma confusão. Mas esse início da minha carreira foi um momento maravilhoso e inesquecível. Por esses motivos eu estou imensamente feliz em poder fazer esse relançamento e deixar as canções todas disponíveis para o público conhecido e desconhecido”, finaliza.