“Mar do Sertão” é a nova novela da Globo, que estreia dia 22 de agosto na faixa das 18h. A trama se passa em um Brasil onde o sol nasce com toda sua intensidade a cada dia, mais especificamente aa pequena Canta Pedra, cidade fictícia que tem característica nordestina. Um lugar que, segundo contam, já foi mar e virou sertão. É nesse ambiente que essa fábula contemporânea se passa, num pedaço que é físico, mas que também é parte essencial da personalidade de cada uma das figuras que compõem esse enredo.
Na obra criada e escrita por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman, vamos acompanhar o desenrolar do triângulo amoroso vivido por Candoca (Isadora Cruz), seu grande amor Zé Paulino (Sergio Guizé), e Tertulinho (Renato Góes). Também estará em foco o poder dos coronéis da região, principalmente, se nas mãos deles estiver o bem mais precioso da região: a água. Teremos ainda personagens como o padre que promove a bondade e a fé na pacata Canta Pedra, além do prefeito e do delegado que pouco ligam para o povo da cidade. A história tem como pano de fundo um sertão colorido e solar – sem esquecer de suas mazelas, mostradas na incansável luta da sua protagonista por justiça e igualdade –, que nos leva ao encontro da beleza natural exuberante do nordeste brasileiro.
O Caderno Pop bateu um papo com o autor Mario Teixeira, que contou um pouco mais sobre a inspiração regional da novela, que promete trazer muita rivalidade, mas também bastante humor. “É uma história regional, mas nacional, em lugares fictícios – no caso, Canta Pedra – e com uma geografia inventada, paisagens inventadas. O regionalismo é universal. Falar de uma pequena aldeia é falar do mundo, e os tipos humanos se repetem sempre. Um Brasil que está dentro de todos nós”, comenta.
A história vai retratar o problema com a água, onde uma pessoa detém o poder desse bem tão precioso, em uma mistura de politicagem, poder e também das vítimas da seca. “Não houve nenhum episódio que inspirasse, mas o que inspira é a história do país que se repete: exploração, penúria, concentração de renda. Foi muito mencionado o humor e acho que é essa a essência do folhetim. A comédia é sempre uma alegoria da realidade e é rindo que se castiga os costumes”, completa.
Questionado sobre um episódio ou situação marcante que o tenha inspirado, Teixeira acrescenta que não houve, mas sim, fatos. “A água que é uma questão pro mundo e pro Nordeste. O que serviu de inspiração e traçar um microcosmo do país”, finaliza.
No início da trama, Candoca e Zé Paulino estão noivos. A ansiedade é grande, já que em breve vão, finalmente, realizar o sonho de casar. O problema é que o coronel Tertúlio (José de Abreu) – dono da Fazenda Palmeiral – dá ordem para que Zé Paulino leve um cavalo até uma outra cidade justamente na data em que a cerimônia está marcada. Enquanto isso, Tertulinho (Renato Góes), retorna a Canta Pedra depois de uma longa temporada na capital. Ao reencontrar Candoca, o encantamento dele é imediato. E, mesmo quando fica sabendo que a jovem é noiva de Zé Paulino, Tertulinho ainda tenta dar suas investidas. É aí que o destino vai agir. O coronel Tertúlio avisa que o filho deve acompanhar Zé Paulino, mas uma forte chuva durante a viagem provoca um acidente: Tertulinho consegue se salvar, enquanto Zé Paulino é dado como morto. Quando dez anos se passam e Zé Paulino retorna mais vivo do que nunca a Canta Pedra, a vida de todos os moradores da pacata cidade será afetada, principalmente, a de Candoca. Os dois ficarão entre o dilema de viver o que sentem ou deixar que a mágoa fale mais alto. Zé Paulino ainda estará tomado pela vontade de fazer justiça e mudar a configuração de poder da região.
Quem também terá o destino transformado pela volta de Zé Paulino é Timbó (Enrique Diaz). Sobrevivente da seca e da vida agreste que o povo da região está condenado há gerações, ele enfrenta todas as dificuldades levando a vida com bom humor, criatividade e um pouco de malandragem. Até que o retorno do amigo que ele acreditava estar morto – e uma dose de sorte – muda esse cenário.
‘Mar do Sertão’ é uma novela criada e escrita por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman. A obra é escrita com Marcos Lazarini, Claudia Gomes e Dino Cantelli, e com colaboração de Carol Santos. A direção geral é de Pedro Brenelli com Bernardo Sá, Natália Warth e Rogério Sagui. A produção é de Silvana Feu e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.