Autora do best-seller Uma princesa em Tóquio, a escritora Emiko Jean retorna às livrarias brasileiras em abril pela Intrínseca com Mika na vida real, uma bem-humorada e emocionante narrativa sobre maternidade, amadurecimento e a possibilidade de recomeçar. Eleito um dos melhores do ano por diversos veículos estrangeiros, como Marie Claire, TIME e Glamour, o livro conta a história de Mika, que, aos 35 anos, sente que sua vida é uma verdadeira bagunça: morando de favor com sua amiga acumuladora, enfrentando uma relação conturbada com a rígida mãe japonesa e, para completar, desempregada. Definitivamente não é como ela achava que estaria 16 anos após entregar a filha, Penny, para a adoção, em uma tentativa de garantir que a menina tivesse um futuro melhor.
Uma ligação de Penny, com quem sempre sonhou se conectar, a faz perceber que ela está longe de ser um bom exemplo para a jovem, que perdeu a mãe adotiva há poucos anos e deseja conhecer a mãe biológica. As duas criam um laço à distância, e, durante as conversas, Mika finge ter a vida perfeita. Em seu cenário inventado, ela tem um diploma, uma linda casa, está em um relacionamento saudável e prestes a inaugurar sua galeria de arte. No entanto, a moça logo se vê em uma saia justa quando Penny anuncia que vai visitá-la.
Mika corre contra o tempo para maquiar sua vida e impedir que a filha descubra a verdade. Para isso, conta com a ajuda da fiel amiga Hana e do ex-namorado, Leif. Por um tempo, ela consegue manter a farsa e impressionar Penny e seu pai adotivo, o desconfiado — mas charmoso — Thomas. Porém, como a mentira dá flores, mas não frutos, a amarga verdade vem à tona e coloca em xeque a delicada relação que Mika vinha construindo com Penny e, além disso, a confiança de Thomas, conquistada a duras penas. Agora, ela precisa correr atrás do prejuízo, mas sentimentos inesperados vão ser mais um obstáculo neste processo.
Ao passo em que cria situações hilárias, Emiko Jean traz reflexões inerentes à vida adulta. Enquanto tenta se manter em pé, Mika lida com um trauma que a acompanha há quase duas décadas. Além disso, luta contra a culpa constante de ter aberto mão da filha e, mesmo assim, não haver conquistado a vida que sonhou. Não ajuda o fato de que a própria mãe, Hiromi, faz questão de apontar o quanto a filha é uma decepção. Para Mika, o reencontro com Penny é, além de tudo, uma lembrança de que nunca é tarde para tentar recolocar a vida nos eixos.