Marco A. R. Alves, um dos diretores e roteiristas responsáveis pelo emocionante curta-metragem de animação brasileiro “Música das Esferas: Mimi e o Baú Mágico“, juntamente com Luiz César Arashiro e Fernando Uehara, está trazendo uma experiência audiovisual única para o público.
Com o lançamento recente no canal do YouTube e a estreia aguardada no site oficial do projeto, esta obra promete conquistar espectadores de todas as idades. Além de uma narrativa envolvente, “Música das Esferas” oferece uma trilha sonora interativa que conduz os espectadores por uma jornada pelo Sistema G. O portal também apresenta conteúdos exclusivos, como o contador de histórias com realidade aumentada E-Shibai, financiada pelo Edital Proac Expresso 29/2020, e uma cartilha de atividades desenvolvida após a seleção do projeto pela Chamada Petrobras Cultural para Crianças – Animação Infantil, em meio a centenas de propostas.
Em nossa entrevista com Marco, exploramos os bastidores dessa produção. Confira o nosso bate-papo com o diretor:
Como surgiu a ideia para o projeto “Música das Esferas” e qual foi a inspiração por trás dele?
A ideia começou a ser construída durante a pandemia. Eu e dois amigos (Herbert Tsuji e Luiz César Arashiro), começamos a esboçar o conceito para um aplicativo educativo e escolhemos a música como primeira disciplina a ser implantada. Essa escolha se deu por sermos amantes da música. O projeto estava sendo elaborado, quando a Petrobras lançou a Chamada Cultural voltada para a Animação Infantil. Como o que estávamos elaborando era transmídia, em sua essência, vimos na Chamada uma oportunidade de testar a ideia e tentar viabilizá-la.
Até então estávamos pensando na música de forma regional, até que me veio à cabeça a imagem de seres musicais em diferentes paisagens. Refinando um pouco mais a ideia, cheguei na criação de 4 planetas musicais – Sopros, Percussão, Cordas e Vocal.
Foi então que convidei meu amigo e sócio, Fernando Uehara, para dar vida aos personagens e ambientes que havia pensado
Pode nos contar mais sobre a experiência vivida na infância que deu origem ao conceito do filme?
Quando criança, por volta de 3/4 anos de idade, comecei a me encantar com o som que saía da vitrola da minha tia. Todos os sábados ficava em seu pé para que a ligasse. Desde então a música se tornou uma das coisas mais importantes da minha vida e me despertou para as artes em geral. Uma situação cotidiana que transformou a minha vida.
O objetivo principal de “Música das Esferas” é despertar e aguçar a sensibilidade visual e auditiva nas crianças. Tenho convicção de que a formação de um bom repertório é bagagem fundamental para o aparecimento de novos criadores.
O curta possui uma trilha sonora inspirada na música “A Chamada” de Milton Nascimento. Como essa escolha musical influenciou a atmosfera e a mensagem do filme?
A trilha do filme é original e foi concebida pelos músicos José Augusto Mannis, Janete El Haouli, Dino Vicente e Gustavo Rocha. As únicas citações são: “Apanhei-te Cavaquinho” de Ernesto Nazareth e “Meditação” do compositor Garoto executada por Paulo Bellinati. A música “A Chamada” de Milton Nascimento, do disco Milagre dos Peixes, inspirou a criação do roteiro do Planeta Vocal, no qual as criaturas vegetais estimuladas pela luz solar iniciam a cantoria. Aqui, quisemos deixar em aberto: cantam para atrair a luz, ou é a luz que as faz despertar.
Na opinião de vocês, quais são os principais obstáculos que os cineastas brasileiros enfrentam para conseguir financiamento e apoio para projetos audiovisuais, especialmente aqueles voltados para públicos mais jovens?
A concorrência no setor audiovisual é imensa e os editais e políticas de fomento não são suficientes. A produção nacional ainda é marginalizada e sofre com a falta de distribuição para salas de cinema, tvs pagas, abertas e serviços de streaming. Uma alternativa, são os festivais que podem dar visibilidade ao projeto, mas acredito que, a política de cotas para conteúdo nacional, poderia melhorar o atual cenário.
Por fim, quais são os planos futuros de vocês para continuar contribuindo para o cenário da animação brasileira e como vocês esperam que o curta influencie e inspire futuras gerações de cineastas e artistas no Brasil?
Estamos trabalhando para expandir o projeto. Neste momento, estamos em busca de viabilizar a 1ª temporada da série, que tem um contrato com a TV Cultura para sua exibição. Meu maior sonho é que o universo criado para “Música das Esferas” salte do mundo digital e se transforme em uma exposição lúdica/sonora/visual. Assim como a vitrola de minha tia, desejo que o baú de Seu Godofredo abra mentes, ouvidos e corações, mundo afora.
Para mergulhar no universo de “Música das Esferas: Mimi e o Baú Mágico”, basta acessar o link abaixo:
MÚSICA DAS ESFERAS: MIMI E O BAÚ MÁGICO
Título Original: Música das Esferas: Mimi e o Baú Mágico
Direção: Marco A. R. Alves, Luiz César Arashiro, Fernando Uehara
Roteiro: Marco A. R. Alves, Luiz César Arashiro, Fernando Uehara
Produção: Marco A. R. Alves, BUMMUB
Co-Produção: Fernando Alonso, Nelson Botter, Tortuga Studios
Ideia Original: Marco A. R. Alves
Direção de Arte: Fernando Uehara
Animação: Split Studio
Composição Musical e Desenho de Som: José Augusto Mannis, Janete El Haouli, Dino Vicente, Gustavo Rocha
Patrocínio: Petrobras
Sinopse: Um baú mágico leva Mimi para uma viagem ao Sistema G. Passeando pelos 4 planetas – Percussão, Sopros, Cordas e Vocal – o viajante aprenderá de forma lúdica e intuitiva, conceitos musicais que o farão descobrir como chamar a atenção de sua tutora Lalá.
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