A cantora e compositora brasileira Nathi entrou em estúdio no início de novembro. Ela terá como produtor o também músico e arranjador Zé Nigro, que já trabalhou com nomes como Céu, Anelis Assumpção e o grupo Francisco, El Hombre. Nathi embarca de Los Angeles para o Brasil com algumas criações na bagagem, o que pode render outras produções. A ideia é beber da fonte criativa nacional e realizar mais parcerias. “Estou bastante animada com este período no Brasil, que certamente vai ser de muita criação e de muito trabalho coletivo”, conta. Nathi fica no Brasil até janeiro de 2020.
Nathi vem de uma recente parceria no single da artista norte-americana Foxxanne. A faixa foi criada pelo produtor Cory Barker, que apresentou Nathi e Foxxanne a um escritor britânico, Lucan Mills. O trio entrou no estúdio para tocar e acabou formando um vínculo criativo que levou ao nascimento de “This is how we do”. Na participação, Nathi canta em português e o refrão vira “A gente faz assim”. O single está disponível em todas as plataformas digitais desde 25 de outubro de 2019. “Existe muita resistência às línguas estrangeiras na indústria musical norte-americana, mas meu objetivo é mudar essa realidade”, diz Nathi, que faz parte da nova geração de artistas latinos bilingues que está surgindo nos Estados Unidos.
Com apenas 23 anos, Nathi atua como cantora, compositora e produtora de suas músicas e clipes. Nascida em São Paulo em 1996, mudou-se para Los Angeles em 2014 para estudar música no Musicians Institute. Começou a tocar piano e a compor suas próprias músicas aos dez anos e no final da adolescência, havia aperfeiçoado habilmente sua mistura distinta de R&B, reggae, retro-pop, soul e música brasileira. Nos últimos anos, as músicas que Nathi escreveu reuniram milhares de streams e levaram a colaborações com o cantor e compositor vencedor do Grammy, Timothy Bloom, com quem lançou o single Comfort Me (2018). Seu álbum de estreia, Foreign, lançado em 2017, foi inspirado em seus primeiros anos morando nos EUA. A artista também realizou produções para a cantora V. Bozeman, além da parceria com Timothy Bloom na trilha para filmes como “Honor Up” (produzido por Kanye West) e “The List” (2017), ambos dirigidos por Dame Dash.
Confira entrevista com a Nathi:
Como foi esse processo com o Zé Nigro? Vocês ainda estão gravando?
Começamos o processo no começo de Novembro. Por enquanto tivemos duas sessões e estou achando o processo bem diferente das minhas experiencias dos EUA. Sinto que o Zé realmente se mergulha na musica anted de começar as gravaçoes, com planejamento de banda e arranjos. Estou ansiosa para ver o resultado
Qual é a ideia dessa parceria?
Sinto que essa parceria sera a mistura perfeita do som que ando vivenciando nos EUA com o som que o Zé tem tanto contato e experiencia aqui no Brasil. sera uma mistura dos dois mundos
O que você pode nos contar de futuros lançamentos?
Prefiro que seja surpresa, mas posso dizer que essa viagem ao Brasil influenciará bastante o som.
Quando você volta para os EUA? Como é sua rotina profissional por lá?
Volto no final de Janeiro de 2020. Minha rotina la se consiste de yoga, praticar musica e sessões de estudio. As vezes estou em sessoes que nao tem a ver com um projeto pessoal mas tambem faço parte de outros projetos, produzo outros artistas e tambem escrevo com eles
Como começou a carreira de cantora? Pode nos contar um pouco da sua história e como relaciona a carreira EUA e Brasil?
Sempre cantei desde pequena (acho que todo cantor fala isso). Quando fui estudar musica nos EUA aos 17 anos ja sabia que queria seguir com a carreira de artista, nao gosto de me classificar somente como cantora, sinto que minha arte encorpora muito mais do que só a voz. Ainda estou aprendendo como equilibrar os dois paises mas gosto da dinamica de ficar entre os dois mundos. Los Angeles me ensina muitas coisas e o Brasil tambem, isso sera mostrado na minha arte.