Evento para fomentar e difundir o passinho no RJ chega à terceira edição

Evento para fomentar e difundir o passinho no RJ chega à terceira edição
Foto: Charles Pereira

Começa dia 6 de julho a terceira edição do “Passinho da ZO”, que tem como intuito fomentar e difundir o passinho, Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro, por meio de ações em diferentes bairros da Zona Oeste carioca. Durante todo o mês, sempre aos sábados, o evento vai fazer uma circulação levando o passinho para quatro comunidades da região.

A ideia de criar o evento surgiu porque sempre tive uma ligação muito forte com o passinho, então tinha a vontade de criar algo relacionado, fosse um espetáculo ou um projeto. Comecei a observar que o processo de desenvolvimento do passinho vinha caindo nos últimos anos e que um dos motivos era que os eventos que o fomentavam estavam mais escassos e também que muitas pessoas tiveram que largar o movimento para seguir outras profissões. Percebi que poderia contribuir para que ele voltasse a ter mais holofotes, como há alguns anos atrás, e isso foi um ponto de partida para a gente começar a estruturar essas ideias que envolvem o contexto do “Passinho da ZO”. Chamei Thamires Candida, Bruna Basto e Brendo Edson, que são artistas que tem ligação com o funk e com o passinho, todos da zona oeste, para colaborar comigo e juntos criamos essa iniciativa” diz Kinho JP, um dos criadores do “Passinho da ZO”.

O projeto é composto por apresentações de dança, workshop, realização de oficinas de passinho e batalhas de dança, que tem inscrição gratuita, com prêmios, tudo em torno da cultura do passinho do funk carioca.

Nas apresentações dos grupos de dança sempre convidamos um grupo, bonde, companhias, que tenham trabalhos com ligação com o passinho. Já nos workshops, buscamos fazer esse trabalho de contribuição para o crescimento técnico do passinho com profissionais para dar aulas. Na mesa de debate, fazemos uma seleção de um tema que seja interessante e relevante para o cenário atual do passinho e a partir dele desenvolvemos esse debate convidando outros artistas para contribuir. A batalha do passinho é o grande “tchan” do projeto. Atualmente a gente tem a maior premiação de batalha do passinho do Rio de Janeiro: 1º lugar (R$ 1700), 2º lugar (R$ 500) e 3º lugar (R$ 300)” revela JP.

A edição 2024 do “Passinho da ZO” segue o padrão das anteriores, tudo de forma gratuita. “Temos como objetivo fazer com que a zona oeste seja uma referência quando falamos de Passinho. Queremos entregar um projeto à altura dele e dos seus praticantes que treinam diariamente e se empenham para entregar bons trabalhos” ressalta Kinho.

Kinho, que começou no passinho em 2014 quando entrou para a companhia Suave, ainda fala sobre o crescimento do evento e do papel dentro da comunidade. “É um sentimento de sensação cumprida, que estamos conseguindo alcançar o que planejamos que é fazer o passinho ter mais visibilidade na zona oeste, com que os praticantes tenham mais ânimo para continuar dentro da cultura, remunerar essas pessoas. Vê que estamos fazendo um bom trabalho, uma sensação de artista feliz. Que todos vejam o evento como algo pertencentes a eles, somos apenas intermediadores, pois é um projeto do passinho da favela em que todos nós contribuímos” completa.

Programação completa e endereços

Sair da versão mobile