O nome pode soar enigmático, mas o mundo já começou a decifrá-lo. Sombr, o projeto artístico de Shane Boose, tem apenas 19 anos e dois hits consecutivos no Top 50 Global do Spotify. Para muitos, ele surgiu do nada, como um sussurro que virou grito coletivo nas plataformas de streaming. Mas Sombr é, na verdade, o resultado de uma construção cuidadosa, de alguém que entendeu cedo demais o peso de transformar sentimentos em canções e que hoje encontra nas redes, nos palcos e nos charts uma audiência disposta a ouvi-lo com atenção.
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Nascido em Nova York e criado no Lower East Side, Shane cresceu cercado por arte e efervescência criativa. Estudou canto na prestigiada LaGuardia High School, mas abandonou a escola no penúltimo ano. Em vez de seguir o roteiro tradicional, ele seguiu a própria intuição. Em junho de 2022, lançou “Caroline” e não olhou para trás. Desde então, a escalada tem sido meteórica, mas com passos muito bem calculados.
A estreia veio em 2021 com “Nothing Left to Say”, um single melancólico que já revelava sua habilidade em costurar vulnerabilidade com melodias acessíveis. Mas foi só em 2023, com o EP “In Another Life”, que Sombr deu forma concreta à sua identidade. Coproduzido por Tony Berg, o projeto foi lançado pela Warner Records em parceria com o selo próprio do artista, a SMB. Foi ali que a mistura de pop alternativo, folk digitalizado e letras confessionais encontrou uma estética que o separa da multidão.
Em 2025, tudo explodiu. As músicas “back to friends” e “undressed” viralizaram no TikTok, em vídeos de relacionamentos mal resolvidos, silêncios doloridos e reencontros imaginados. A viralização não foi acidental. Ambas as faixas carregam uma sensibilidade rara e versos que soam como bilhetes nunca enviados. Com mais de 225 milhões de streams, “back to friends” se tornou o maior hit da carreira de Sombr. “undressed” não ficou atrás, ultrapassando 152 milhões de reproduções. Os números são impressionantes, mas o impacto emocional é ainda maior. Sombr consegue o que muitos tentam: ele escreve como se estivesse falando diretamente com você, mas sem forçar intimidade. É como se cada faixa fosse uma conversa interrompida no meio da madrugada.
Outras faixas também ganharam fôlego com o sucesso repentino. “would’ve been you” ultrapassou os 120 milhões de streams, “do i ever cross your mind” já passa dos 84 milhões, e “i don’t know you anymore” completa esse corpo de canções que formam quase um diário fragmentado, uma narrativa emocional contada em capítulos musicais.
Em março de 2025, “back to friends” e “undressed” chegaram à Billboard Hot 100, conquistando as posições 45 e 37, respectivamente. Ambas também entraram no top 25 da Billboard Global 200 e alcançaram picos notáveis em países como Irlanda, onde “undressed” chegou ao primeiro lugar, além de top 5 no Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. O sucesso não se restringiu a um algoritmo. Ele é reflexo de algo mais duradouro: conexão.
Em menos de um mês, Sombr passou de 10 para mais de 20 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Em abril, “back to friends” atingiu 100 milhões de streams, e em seguida “would’ve been you” e “undressed” bateram o mesmo marco. Foi a consagração digital de um artista que soube usar a internet como palco, mas sem se prender a fórmulas prontas.
E esse palco vai ganhar forma física. Em maio de 2025, Sombr anunciou sua primeira turnê solo, com datas pela América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia. A estreia acontece em Dublin e o encerramento está marcado para Los Angeles. Depois disso, a jornada continua no hemisfério sul, com shows em Auckland e Gold Coast. Tudo isso enquanto é reconhecido como uma das maiores promessas da nova geração. A Billboard o colocou na lista “21 Under 21”, e sua performance ao vivo no “The Tonight Show Starring Jimmy Fallon” com a faixa “back to friends” apenas consolidou o que seus números já gritavam: Sombr chegou para ficar.
Não é exagero dizer que estamos testemunhando o nascimento de uma nova voz do pop global. E talvez o mais curioso nisso tudo seja o fato de que, mesmo com milhões de plays, ele ainda canta como quem está sussurrando para alguém que não respondeu uma última mensagem. Sombr faz desse silêncio compartilhado a sua assinatura. E por isso, mesmo sem dizer tudo, ele diz exatamente o que a gente precisava ouvir.
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