Na última sexta-feira (17), a cantora e compositora brasileira Reah lançou em todas as plataformas digitais seu novo EP e junto com o projeto a artista anunciou o curta-metragem chamado “Kintsugi”.
O cineasta Giovanni Mattei, que além do roteiro é responsável pela direção, direção de fotografia e edição do projeto, explica que: “Videoclipe de artista independente é sempre uma surpresa, são muitas variáveis envolvidas. Porém, nesse projeto eu tive muita sorte, além de uma equipe preparada que me ajudou a transformar essa história em um filme com qualidade cinematográfica, tive o privilégio de trabalhar com a Reah. Ela trouxe para a mesa anos de experiência e um conceito artístico de qualidade, o que só me motivou a fazer o melhor trabalho possível. Fiquei realmente feliz com o resultado final desse projeto” finaliza.
“Kintsugi” teve seu início em uma suposta parceria para apenas uma canção e acabou se transformando em um projeto audiovisual em maior escala. Composto por três faixas, “Euphoria”, “Disappointment” e “Beat & Break”, esse é o primeiro lançamento oficial da artista em pouco mais de um ano. “Pra mim, hoje, deixar algo melhor do que encontrei é meu grande propósito de vida. Com intuito de transmitir essa sensação através da minha música, nasceu a trilogia ‘Kintsugi'”, conta Reah.
Esse é o primeiro lançamento da artista em pouco mais de uma nos, seu último single foi um remix com o duo Tropkillaz. Confira o bate-papo que tivemos com a artista sobre sua carreira, o novo trabalho e planos para o próximo ano.
Você já tem anos de carreira, conta pra gente como que descobriu que queria trabalhar com música?
Sim, trabalho com música há muito tempo. Intercalei meus anos musicais com o estudo universitário, vida pessoal e longas viagens. Isso me ajudou a me conhecer melhor. Música nunca deixou de ser meu maior foco.
Pesquisando sobre a arte do Kintsugi descobrimos que ele tem vários significados e interpretações. O que te levou a escolher esse nome para o EP? E qual a mensagem que você quer passar com esse trabalho?
A arte do Kintsugi consiste em reparação de peças com cola e ouro, as deixando mais belas e com valor maior, é um belo significado interpretativo. A mensagem é essa, que podemos nos curar de todos os nossos desafios pessoais. Ninguém perde por ser resiliente, resiliência é força.
A produtora do EP, Bárbara Mendes, é brasileira, mas mora em Londres, como foi esse processo de trabalhar totalmente de forma remota?
A distância não atrapalhou em nada, considerando que estávamos em um dos maiores picos da pandemia, então foi ideal. A Bárbara e eu trocamos muitas ideias, por muito tempo, mas éramos pontuais, falamos de música por meses a fio, foi muito divertido e enriquecedor.
Como foi o processo de composição pra você durante a pandemia?
Apesar de ter sido um período de isolamento social, eu nunca estive mais ocupada. As ideias apareciam e eu as anotava. Fizemos muitas versões de cada música, era muito difícil me desvincular intelectualmente de cada uma das versões, até chegarmos as versões ideais tive que praticar muito o desapego.
De onde veio a ideia de lançar um curta-metragem?
A ideia de fazer um curta-metragem simplesmente aconteceu. Uma trilogia com mais 3 interlúdios, não houve como não chegar a essa conclusão.
Você pretende lançar mais trabalhos assim?
Eu gosto muito de trabalhos conceituais, arte moderna e moda. Então, com certeza.
O ano está praticamente acabando, você pode contar quais são os planos para 2022?
Estou compondo faixas de pop pra lançar ano que vem. Já tenho muitos singles alinhados para lançamentos. Será uma longa jornada.