A cantora Ana Clara lançou recentemente o single “Se é saudade ou amor”, o primeiro de seu novo projeto, “Bate Bola”, que trará seis singles inéditos a cada semana. Com 13 anos de carreira e dona de um timbre de voz diferenciado, Ana Clara é considerada a nova revelação feminina do samba.
O projeto “Bate Bola” inaugura uma nova etapa na carreira da cantora, que é uma das vozes femininas mais promissoras do samba atualmente.
Nascida em Joinville, Santa Catarina, Ana Clara já tem 13 anos de carreira, apesar da pouca idade. Em agosto de 2018, ela lançou seu EP de estreia, intitulado “A Gente Sempre Ganha”, com cinco faixas, que contou com as participações especiais da cantora Alcione e do grupo Atitude 67. Em dueto com a veterana sambista, Ana Clara regravou o clássico “Não Deixe o Samba Morrer” (Edson/Aluisio), imortalizado na voz da Marrom. A jovem sambista também interpretou outro grande hit do samba, “Verdade” (Nelson Rufino/Nelson Rufino), que atravessou gerações e fronteiras na voz de Zeca Pagodinho.
A artista começou a se apresentar profissionalmente aos 14 anos e logo conquistou elogios da imprensa especializada. Seu dom musical, contudo, não a impediu de buscar aprimoramento, conquistado através de aulas de violino, piano e, mais recentemente, violão. Hoje com 26 anos e dona de um timbre de voz diferenciado, Ana Clara, hoje considerada a nova revelação feminina do samba, está cada vez mais ganhando espaço no mercado, encantando os fãs, cultivando amizades por onde passa e levando a sua música para o Brasil inteiro.
Confira entrevista com a cantora:
O “Bate Bola” é um esquenta pro DVD que ainda vai ser gravado. Com essa questão de isolamento por causa da pandemia, a gravação ainda vai rolar como planejado ou vai precisar de alguma reestruturação?
Com relação à gravação do DVD ela já foi adiada, porque era pra ter acontecido no início de abril e por tudo que aconteceu, obviamente vamos jogar mais pra frente. Não sabemos como serão as próximas semanas, os próximos meses, então a gente tá aguardando aqui notícias, mas enquanto isso a gente tá fazendo nosso esquenta nas plataformas digitais, Instagram, YouTube, redes sociais no geral pra quando a gente bater o martelo na data, chegar o dia da gravação, todo mundo tá com as letras na ponta da língua, já saber as letras de cor e salteado, e também esse tempo é pras pessoas conhecerem realmente as músicas, criar uma intimidade e uma proximidade com as letras. Chegar na data do DVD e ter sua música preferida. Se Deus quiser a gente vai gravar esse ano ainda.
As faixas do “Bate Bola” são acústicas, voz e violão. Pro DVD o formato vai ser esse também?
Gravamos as músicas do “Bate Bola” voz e violão porque a gente queria uma coisa mais simples mesmo. Eu acredito que o simples é o que emociona e o que toca, mas nesse caso foi realmente com intuito das pessoas aprenderem a letra das músicas. A gente fez essa versão simples, não foi editada nem nada. Do jeito que a gente gravou, subiu nas plataformas e até pra chegar no dia da gravação a galera ter uma surpresa de ouvir com banda, porque com outros instrumentos a música cresce e fica diferente. No dia da gravação vai ser banda completa.
O samba, embora um ritmo muito bem representado no Brasil, ficou um bom período sem novas vozes femininas. E parece que o jogo tá virando agora com alguns nomes surgindo e você como uma das grandes representantes atualmente. Como você vê essa nova fase?
Realmente o samba ficou um tempo sem novas vozes, mas eu acredito que precisa existir essa continuidade, dar novas oportunidades pra outras pessoas. Existir essa renovação é muito importante não só pro samba, mas pra qualquer segmento. Me sinto muito feliz por hoje poder representar o samba como uma cantora mulher e jovem, por já ter conquistado um espacinho e um respeito das pessoas do gênero. Isso é muito importante, mas eu sou super incentivadora de novas mulheres cantando, porque eu acho que quanto mais, melhor. A gente vai conseguir quebrar essa resistência que ainda existe no samba como já existiu no sertanejo e hoje a mulherada também tomou conta. Isso é incrível e eu super incentivo novas vozes, novos talentos e fico feliz por participar dessa nova geração.
Falando em nomes do samba, você já gravou com a Alcione, um sonho de muitos cantores. Como foi essa parceria?
Gravar com Alcione foi realmente um presente. Ela participou do meu primeiro DVD. Regravamos a música “Não Deixe o Samba Morrer”. Ela que é um ícone não só do samba, mas da música popular brasileira. Ela é uma das divas que a gente tem no Brasil, que vai além só do samba, além do gênero. Ela é uma referência pra mim. Sou super fã não só da cantora, como da mulher, personalidade… fiquei muito feliz por ela ter aceitado meu convite, fiquei super lisonjeada, emocionada, porque a gente que tem ídolos, sempre sonha em um dia conhecer, cantar, dividir uma música, então eu fui agraciada, esse momento foi super especial. O dia da gravação foi inesquecível.
Para o DVD, tem alguma parceria prevista?
Pro novo trabalho a gente tá viabilizando algumas parcerias, dando uma analisada no repertório e ver o que a gente vai poder fazer, ainda sem citar nomes. Quero que isso seja uma surpresa no dia da gravação. Espero que a gente possa se falar outras vezes pra te contar as novidades!
Ouça “Se É Saudade Ou Amor”: