O trio de música eletrônica Rooftime lança nesta sexta-feira (8) seu mais novo projeto com proporções internacionais. O EP “Through Waves” faz parte do documentário internacional “The Outlaw Ocean Music Project”, criado pelo jornalista norte-americano Ian Urbina, ex The New York Times, que reúne diversas formas narrativas baseadas em seu livro best-seller “The Outlaw Ocean”.
As duas faixas presentes no projeto com trabalho de Rooftime, “Criminal” e “Deep Into The Ocean”, foram concebidas a partir de uma biblioteca de áudio criada por Urbina com gravações em suas expedições, que incluem sons de disparos de metralhadora na costa da Somália e cantos de marinheiros no mar do sul da China. Os áudios servem de inspiração para as obras dos mais de 400 artistas de mais de 60 países e dos estilos musicais mais variados.
O convite para integrar o projeto chegou para o trio eletrônico pelo próprio jornalista. “Quando lemos toda a proposta do Ian [Urbina] e entendemos a importância sentimental incluída, abraçamos de primeira! Foi daí que surgiu o EP “Through Waves” com as duas músicas “Criminal” e “Deep into The Ocean”. É um trabalho com uma atenção diferente da que estávamos acostumados a utilizar, pois agora contávamos a história já vista de um ponto de vista alternativo, vindo de uma pessoa que viveu aquilo intensamente, e nosso trabalho era adicionar ainda mais cor em toda essa perspectiva. Acredito que o público pode esperar duas músicas reflexivas e com um gostinho mais alternativo do que o habitual, mas que não deixam de lado toda carga emocional que envolve o ‘Outlaw Ocean’”, explica Rooftime.
“Foi uma grande honra e prazer trabalhar com o Rooftime”, disse Ian Urbina, diretor do The Outlaw Ocean Project. “Não consigo pensar em um trio mais talentoso e o foco deles no sentimento do projeto foi impressionante. Foi um privilégio eles terem emprestado sua marca e criatividade às reportagens que fizemos.”
Dentro de toda essa exploração, além de histórias, Ian captou um banco inteiro de samples e gravações que iam desde o barulho das ondas batendo na praia, até discursos inflamados de piratas tomando embarcações alheias. A ideia era usufruir disso para desenvolver músicas com o tema, ou como disse Ian em seu email, ‘dar vida a sua história’.