Temporada final de “Atypical” mostra que apoio é essencial para construir e manter relações

Atypical

É diferente quando você sabe que uma série terá sua última temporada em vez de ser cancelada em andamento. No caso de “Atypical”, é a primeira opção. Antes da quarta temporada ser filmada já sabíamos que seria a última. E tudo bem, porque a série entregou tudo o que precisávamos para entender melhor a relação de Sam (Keir Gilchrist) com o mundo. A série chega com sua leva final de episódios nesta sexta-feira (9) na Netflix.

Depois de finalmente se entender com a namorada, Paige (Jenna Boyd), a relação dos dois começa a ficar mais madura. E era isso que a relação precisava. Sam compreender o jeito afobado de Paige e Paige entender que não é sempre que Sam estará pronto para fazer o que ela deseja. Tudo tem seu tempo.

Sem spoilers, mas a temporada nos mostra que sempre há tempo de voltar atrás, rever seus valores e priorizar aquilo que é mais importante: a família, os amigos, as relações. É por meio de conflitos que Casey (Brigette Lundy-Paine) impõe sua sexualidade e necessidade de ter direito a fazer suas escolhas; também esses conflitos marcam a amizade quase fraternal de Sam e Zahid (Nik Dodani) e também a forma com que Elsa (Jennifer Jason Leigh) e Doug (Michael Rapaport) trazem à tona algumas diferenças e lembranças do passado. Aliás, nesta temporada, Sam e Zahid decidem morar juntos e estreitam ainda mais seus laços, um entendendo melhor o outro e, claro, amadurecendo sem perder as brincadeiras e particularidades.

Na series finale, veremos tomadas de decisões importantes, desejos guardados há tempos sendo colocados em prática e amadurecimento dos personagens. Não acredito que a última temporada deixe pontas soltas para uma nova leva de episódios, se fosse o caso. Tudo termina muito bem amarrado, talvez não da forma como todos queríamos, com o rumo de cada personagem, mas fato que “Atypical” nos fez enxergar muito além do espectro.

Sair da versão mobile