A indústria da música pop é uma constante que não para de mudar. Em um momento, você está cantando um refrão que não sai da cabeça, e, no outro, aquele hit virou apenas uma lembrança de verão. Quem não se lembra de “WAP” de Cardi B e Megan Thee Stallion, que explodiu em 2020? Hoje, mal ouvimos falar dele, mas por meses foi o som mais viralizado nas redes sociais. E assim é a vida no pop: rápida, intensa e muitas vezes passageira.
Atualmente, vemos estrelas como Olivia Rodrigo dominando as paradas com sua voz cheia de emoções em “GUTS“, e Doja Cat subindo ainda mais na estratosfera do pop com seu álbum “Scarlet“. Mas será que essas faixas estão tão presentes nas playlists daqui a cinco anos quanto estão agora? Difícil dizer. Afinal, se o pop ensina alguma coisa, é que a única constante é a mudança. Artistas como Lizzo, que virou fenômeno com “Truth Hurts“, agora enfrentam a missão de se manterem relevantes num cenário que devora o novo e, logo em seguida, parte para a próxima sensação.
Por que essas modas vêm e vão tão rápido? Primeiro, vivemos na era do streaming e do TikTok, onde o ciclo de uma música é impulsionado por trends e desafios, mas tão veloz quanto seu crescimento pode ser seu declínio. A música viraliza, mas também some na mesma velocidade. Basta um novo challenge ou meme para a faixa anterior ser deixada de lado.
E a indústria? Ah, essa sabe como capitalizar cada segundo de atenção. As gravadoras e os próprios artistas entendem que, para se manterem no topo, não basta um hit; é preciso lançar uma novidade atrás da outra. Nomes como Taylor Swift e Beyoncé são mestres nesse jogo, reinventando e ditando o que é “cool” no momento. No entanto, essa pressão constante para inovar não é sustentável para todos, e muitos acabam ficando pelo caminho, lembram de Lil Nas X, que com “Old Town Road” quebrou recordes? Claro que ele seguiu produzindo, mas a pressão para repetir o sucesso inicial foi colossal.
Refletindo sobre o cenário atual, podemos concluir que a música pop, além de ser moldada por tendências rápidas, é também uma máquina de reinvenções. É um campo onde até os maiores nomes podem desaparecer do radar de um álbum para o outro, a menos que continuem a se conectar com os novos ciclos culturais.
Então, enquanto curtimos a onda do momento, vale lembrar que no pop, o que sobe rápido, às vezes cai mais rápido ainda. Mas é exatamente esse dinamismo que torna o gênero tão viciante e imprevisível. Quem será o próximo grande nome a dominar as paradas? E quem será o primeiro a sair de cena quando a cortina das tendências baixar? No pop, a única certeza é que tudo pode mudar num piscar de olhos.
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