A Tardezinha ganha hoje, dia 15 de outubro, mais um capítulo. Um dos maiores projetos musicais dos últimos tempos vai virar série no Globoplay. Após conquistar quase um milhão de pessoas ao longo de quatro anos e meio circulando o país, em 162 edições por 22 estados, a ‘Tardezinha’, idealizada por Thiaguinho e Rafael Zulu, estreia como série original da plataforma nesta quinta-feira “Tudo começou quando eu estava gravando um programa todo domingo à noite, no Rio de Janeiro. Conversei com o Zulu e pensamos em fazer um pagode aos domingos de tarde, que era o horário que eu tinha livre. Era para ser uma reunião de amigos aos domingos para cantar músicas nostálgicas e se tornou uma festa conhecida no país todo”, lembra Thiaguinho. Na mesma data, a Som Livre lança o álbum “Tardezinha no Maraca”, com 20 faixas, nas principais plataformas de música. E, ainda este mês, estas mesmas faixas gravadas no show histórico realizado no estádio do Maracanã estarão disponíveis, exclusivamente no Globoplay.
Ao longo de quatro episódios, a série documental, dirigida por Benedita Zerbini e João Pedro Januário, da Pindorama Filmes e por LP Simonetti, desvenda como surgiu o projeto, os desafios e alegrias desta jornada. Além disso, conta com depoimentos de profissionais e amigos que marcaram essa trajetória, como Alexandre Pires, Belo, Rodriguinho, Thiago Martins, Ferrugem, Péricles, Di Ferrero, IZA, Ludmilla, Tiago Abravanel, entre outros. O show de encerramento no Maracanã, com ingressos esgotados e mais de 40 mil pessoas presentes, e imagens de outras apresentações também compõem o material.
“Lembrei de todas as dificuldades que já passei como artista (e que ainda passo), e ter esse documentário e registro como recompensa está sendo um momento único. Foi incrível de assistir e relembrar! Eu estava tão comprometido no palco, em gravar tudo perfeito e mais do que isso… emocionado em viver aquele sonho que, quando acabou, eu nem senti passar. E olha que foram 6 horas de show”, comenta Thiaguinho sobre o projeto.
A Tardezinha promoveu grandes encontros entre Thiaguinho e diversos nomes da música brasileira em shows com clássicos do samba e do pagode da década de 90 e dos anos 2000. Entre as músicas que marcaram uma geração e fizeram o público do Maracanã cantar em uníssono por seis horas estão “Cheia de Manias”, “Depois do Prazer”, ‘Que se chama Amor’, “Domingo”, “Telegrama”, “Marrom Bombom”, ‘Temporal’ e muitas outras.
Álbum “Tardezinha no Maraca” – Thiaguinho
Lançamento Som Livre – 15 de outubro/2020
1. Valeu / Livre Pra Voar
2. Domingando
3. A Estrada
4. Domingo / Beijo Doce
5. Eu Sosseguei
6. Amor Eterno / Preciso Te Amar
7. Me Apaixonei Pela Pessoa Errada / Quando é Amor
8. Depois do Prazer / Quando a Gente Ama – Part. Rodriguinho
9. Palavras de Amigo – Part. Rodriguinho
10. Temporal / Velocidade da Luz
11. Eu Nunca Amei Assim / Telegrama
12. Marrom Bombom / Que Se Chama Amor
13. Desafio / Gamei / Carona do Amor
14. Para Tudo / Nascente
15. É Sempre Assim
16. Eternamente Feliz / Talvez
17. Pé Na Areia
18. É Tarde Demais
19. Cheia de Manias / Beijo Geladinho
20. O Show Tem Que Continuar
Entrevista com Thiaguinho
Como surgiu e o que A Tardezinha representa na sua carreira?
Esse projeto começou pequeno, descontraído e acabou tomando proporções que nem eu imaginava. Era para ser uma reunião de amigos aos domingos para cantar músicas nostálgicas e se tornou uma festa conhecida no país todo. As pessoas se identificam e fazem do Tardezinha uma alegria em forma de evento. Ela representa a leveza da minha música. Poder subir no palco e cantar músicas que cresci ouvindo, poder receber artistas, ver o brilho nos olhos da galera curtindo aquilo, cantar as músicas da minha carreira… Acabo fazendo uma viagem no tempo da minha carreira, o que também é sensacional. Tardezinha representa uma parte muito bonita e importante da minha vida.
Como as parcerias foram formadas ao longo desta turnê?
A maioria das parcerias que eu recebi na Tardezinha são parcerias da vida, não só da turnê. Mas, ao longo da turnê da Tardezinha, pude ter a chance de cantar com bastantes pessoas com as quais eu não tinha cantado ainda. Como Iza, Maria Gadu, Marcelo D2, Saulo, Arlindo Cruz. Fico feliz demais em saber que a Tardezinha era um palco democrático, que recebia tanta gente de várias vertentes, fora a galera do pagode, principalmente meus ídolos: Péricles, Alexandre, Belo, Rodriguinho, Salgadinho, Netinho… Todos passaram pelo palco da Tardezinha. Foi um palco receptivo pra caramba!
Qual é a emoção de ver um projeto musical mobilizar quase 1 milhão de pessoas e encerrar em grande estilo, no Maracanã, palco de tantos shows e eventos históricos?
O show do Maracanã é só a pontinha do iceberg de toda a luta que eu venho tendo na música brasileira ao longo desses 18 anos que eu canto. Acho que o Maracanã representa não só essa turnê da Tardezinha, mas toda a minha história desde o Fama, de quando eu saí da minha cidade pra tentar viver de música. Sou de Presidente Prudente, interior de São Paulo, criado em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. Depois eu fui pro Fama, aí participei do Exalta, uma luta grande no Exalta. Graças a Deus com vitória. Depois veio a carreira solo. De todos os momentos que eu já passei pela minha vida artística e pessoal, o Maracanã foi a coroação disso tudo. Todas as pessoas que estavam lá entenderam muito bem o que significava aquele momento, depois de 18 anos de luta. Espero que seja bem mais duradouro. Mas cantar num palco como aquele, num estádio como o Maracanã, onde só grandes artistas se apresentaram é motivo de muita honra.
O que o público vai poder descobrir no documentário?
É bacana porque é um documentário que mostra os bastidores da festa da Tardezinha, conta a história de como surgiu o projeto, mostra bastidores da estrada, de como é fazer o evento. Como é a tensão para deixar tudo do jeito que a gente espera e o show do Maraca, que com certeza é o ponto alto da série. Tenho certeza de que as pessoas vão se divertir e se emocionar também. Tem vários momentos emocionantes que mostram o lado humano da festa.
Por falar na sua trajetória, qual é a importância de A Tardezinha estar disponível para o público assistir quando e onde puder, no Globoplay?
Isso é sensacional. Primeiro poder levar essa nossa festa, que a gente trata com muito carinho e com muito cuidado junto com o Globoplay – e com a Globo também porque a Globo faz parte da minha vida. Foi onde eu apareci para o Brasil, através do programa Fama. Poder contar com essa parceria mais uma vez é importante pra mim. A série estar disponível para as pessoas assistirem na hora que puderem e quiserem é sensacional. Muita gente vai ter acesso a um conteúdo maravilhoso, não só musical, mas de vida, de vitória.
Gostaria de deixar algum recado para seus fãs e amigos, que são fundamentais neste projeto?
Só gratidão. Agradeço a todas as pessoas envolvidas, a todos os parceiros da Tardezinha, principalmente ao público brasileiro que fez a Tardezinha ser a maior festa do Brasil. Também devo gratidão a todos os pagodeiros, a todos os cantores de samba e de pagode que me influenciaram e me fizeram sonhar um dia ser quem eu sou hoje. Eu sou muito grato a todos e, principalmente, ao povo. O povo que fez a Tardezinha ser um show duradouro de várias horas de pagode, 5-6 horas de pagode, o combustível sempre foi o povo. Então só agradeço. E obviamente agradeço a Deus pelo dom, por me permitir viver todo este sonho.