A cantora paulistana Tiê lançou na semana passada o clipe do single “Torrada e Café”, o quarto do álbum Gaya, que saiu em 2017. Mesmo com um disco ainda considerado recente, Tiê já está pesquisando e pensando no próximo álbum. Ela revelou em entrevista ao Caderno Pop que gostaria de lançar mais um single com clipe do álbum “Gaya”, para a faixa “Amora”.
O clipe de “Torrada e Café” foi gravado em agosto em Nova York, durante algumas apresentações que ela fez na cidade. Nova York, aliás, é uma cidade guardada no coração dela porque foi lá onde Tiê estudou canto.
“O clipe mostrou uma Nova York sem exageros, bonita como ela é. Era uma vontade gravar um clipe lá, sempre quis. É uma cidade que passa uma emoção boa e onde fiz amigos também”, contou.
No bate-papo com, Tiê contou que gosta de trabalhar com calma os lançamentos dos singles dos discos – “Gaya” já está no quarto e os anteriores (“Esmeraldas”, “A Coruja e o Coração” e “Sweet Jardim”) tiveram três, média. Tiê também teve músicas temas de novelas da Globo, como “A Noite”, em “I Love Paraisópolis”.
As participações especiais também têm espaço nos discos de Tiê. “São sempre com pessoas que tenham a ver com o meu trabalho e nada foi forçado. Com o Luan Santana (na faixa “Duvido”, do álbum “Gaya”), por exemplo, rolou porque eu sempre acompanhei a carreira dele, curto o trabalho”, contou. O disco ainda tem, na faixa “Tudo ou Nada”, a participação da mexicana Ximena Sariñana. No disco anterior, o escocês David Byrne canta na faixa “All Around You”. Apesar de já estar pensando no próximo álbum Tiê ainda não definiu – ou pelo menos não divulgou – se terá alguma participação.
No mês passado, a cantora contou em entrevista à revista Marie Claire um pouco sobre como é conviver com o vitiligo, doença que ela tem desde os 11 anos. O vitiligo, doença que causa a perda da pigmentação da pele, não tem cura. No entanto, a maioria dos médicos liga a doença a algum trauma ou estado emocional. Foi o que aconteceu com Tiê, que desenvolveu a doença após um abuso sofrido na infância.
Ao Caderno Pop, Tiê contou que a partir de 2004 começou a aceitar a doença e “desencanar”. No entanto, desde que começou a desenvolver o vitiligo, ela foi vítima de preconceito. “É uma coisa bem chata pra quem tem vitiligo e então desde que eu comecei a aceitar que eu enho, eu passei a conversar com quem tem também”, afirma.
Tiê diz que evita cobrir as manchas, embora use maquiagem, rímel e blush. “O vitiligo é se aceitar, se sentir inserido. Não é uma doença contagiosa, não é um problema. Mas como a maioria dos casos está ligado ao emocional, eu procuro não me estressar, ou pelo menos controlar o estresse com meditação e me alimentar bem”, conclui.
Veja o clipe de “Torrada e Café”: