Apesar de começar um pouco mais tarde do que os shows convencionais (por volta das 21h44), isso não afugentou o público, que permaneceu de pé e fiel, pronto para o que estava por vir. O show do Turnstile é realmente uma experiência que você terá poucas vezes na vida, a banda tem a capacidade de maximizar toda a energia caótica em um único lugar.
Com uma setlist bem diversificada, a banda agradou com os hits do passado e algumas músicas que geralmente não figuram o repertorio de shows anteriores. A banda demonstra maturidade e domínio do que está fazendo, o show é apoteótico, caótico, barulhento e uma verdadeira arte do caos em sua essência mais pura. Realmente, não é um show para amadores.
Nem o potente ar condicionado conseguiu conter todo o calor e energia da pista, a galera estava realmente vivenciando o show intensamente. Durante todo o show, a equipe de segurança distribuiu água e prestou todo o suporte necessário. Na frente do palco, teve de tudo: galera “surfando” por cima das pessoas, muitos headbangs na grade, roda punk e, claro, muita gritaria e copos de água voando, tudo aquilo que o hardcore pode oferecer numa terça-feira.
A introdução dos shows com o clássico de Whitney Houston, “I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me)“, adicionou uma intensidade divertida ao show. Em São Paulo, não houve coreografia diferente do Rio de Janeiro, mas isso é compreensível, dado que a casa estava cheia e todos estavam ansiosos pelo show, que começou com seis minutos de antecedência.
Diferentemente de sua primeira passagem pelo Brasil em 2022, quando se apresentaram no Lollapalooza Brasil , os membros Brendan Yates (vocal e percussão), Franz Lyons (baixo), Daniel Fang (bateria) e Pat McCrory (guitarra) chegaram desta vez acompanhados por Meg Mills no comando da guitarra rítmica. A banda, com a melhor performance corporal e estrutural da atualidade, deu início a um dos melhores shows do ano com a canção “MISTERY“. Assim que o refrão começou com “There’s a clock in my head, Is it wrong, is it right?”, os celulares foram abaixados para dar espaço a um verdadeiro culto ao hardcore em meio à sequência do melhor show do ano. Na sequência vieram as famosas “pedradas” WILD WRLD, ENDLESS e Come Back for More, após isso, o calor era apenas mais um detalhe em meio à apoteose da banda.
O grupo concluiu o show deixando um gostinho de quero mais, que, se tudo der certo, se tornará um até breve! A atmosfera do show solo é, sem dúvida, superior à experiência em festival, acredito que talvez optar por um local aberto possa tornar a experiência ainda mais incrível.
O show em São Paulo contou com dois atos de abertura: Liam Benzvi e Joker. Saiba um pouco mais sobre ambos abaixo:
Joker:
Joker é uma banda paulistana que combina influências clássicas com sonoridades contemporâneas, refletindo a realidade urbana. Suas letras exploram temas como alienação e desigualdade social. A banda inaugurou a noite, destacando-se pela atmosfera caótica, similar ao estilo de Turnstile. Com uma presença de palco imponente, o Joker vem conquistando cada vez mais reconhecimento no cenário musical.
Liam Benzvi:
Liam Benzvi é um cantor, compositor e compositor americano. Benzvi lançou um EP solo, “Amnesia, EUA”, e um LP solo, “Acts of Service”. Ele também lançou dois álbuns com a banda Strange Names. Benzvi mora e trabalha em Nova York. O cantor foi o segundo ato de abertura, se apresentando para a casa quase cheia, ele deu um toque diferenciado. Apesar de seu som ser bem discrepante em comparação ao Turnstile, foi bem recebido pelo público em um show com bastante carisma e presença de palco.
Turnstile no Tokio Marina Hall em São Paulo dia 16 de abril de 2024:
1 – MYSTERY
2 – WILD WRLD
3 – ENDLESS
4 – Come Back for More / Fazed Out
5 – UNDERWATER BOI
6 – DON’T PLAY
7 – Drop
8 – Real Thing
9 – Big Smile
10 – NEW HEART DESIGN
11 – Gravity
12 – FLY AGAIN (Followed by drum solo)
13 – Blue by You
14 – BLACKOUT
15 – ALIEN LOVE CALL
16 – HOLIDAY
17 – T.L.C. (TURNSTILE LOVE CONNECTION)