Recentemente o livro Um lugar bem longe daqui ganhou as páginas do The New York Times com um feito notável: teve mais de 4,5 milhões de exemplares comercializados nos Estados Unidos em um ano e meio. A trajetória do livro, que seria surpreendente para qualquer autor, é ainda mais impactante pelo fato de Delia Owens ser uma bióloga aposentada de 70 anos que vive reclusa e que, certamente, não esperava um sucesso dessa magnitude. Lançado em 2018 nos Estados Unidos, com tiragem inicial de 28 mil exemplares, em apenas um mês ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas e virou um fenômeno.
Primeiro romance da cientista Delia Owens, a obra recria o cenário pantanoso da Carolina do Norte para contar a emocionante história de Kya Clark em busca da sobrevivência. Com o direito de publicação adquirido em 41 países, Um lugar bem longe daqui chegou ao Brasil no segundo semestre do ano passado, publicado pela Intrínseca, e tem conquistado os brasileiros. A expectativa é de que o sucesso aumente: Reese Witherspoon adquiriu os direitos de adaptação cinematográfica e vai produzir o filme com a Fox 2000.
Na obra, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou por deixá-la também. Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece.
Um lugar bem longe daqui retrata a dura trajetória de Kya na tentativa de romper o ciclo de abandono que insiste em rondá-la.