Depois de chocar os conservadores em seu último e controverso lançamento, Day Limns está de volta para provar que ela realmente pode ser tudo que quiser. Princesa do Pop Rock, a artista agora traz o rap muito bem representado com a participação de Froid em “Cinzeiro”. A canção chega a todos aplicativos de música nesta quinta-feira, 10 de agosto, com clipe no YouTube da artista, e dá sequência ao projeto mais autêntico da cantora até aqui.
Composta pela Day e pelo Froid, produzida por DMAX e Los Brasileros, “Cinzeiro” foi escrita a mais de um ano, mas, hoje, tem um novo significado para a cantora. “Quando eu escrevi, estava naquela fase final do relacionamento, em que você não entende muito o que está acontecendo, mas chega a conclusão de que está em um momento diferente do da outra pessoa. Agora, me vejo como “os dois personagens” apresentados na música, e simboliza a aceitação da minha dualidade, do meu 8 e 80, e significa o meu processo, que vivo em tempo real, de tentar encontrar um pouco de paz no meio do meu caos”, conta a cantora.
Sobre a parceria com Froid, Day conta que se tornaram amigos antes mesmo de ouvirem a música um do outro, em uma viagem a trabalho para o exterior. “Depois comecei a ouvir o Froid e ele se tornou o meu rapper favorito, ele realmente tem essa vibe filosófica e eu curto muito o trabalho dele. Hoje, ele é o letrista (homem) que mais admiro no Brasil”, afirma.
O clipe, produzido pela GAFE e dirigido por Deni Amorim (amorinpublic), é uma sequência de “Minha Religião”, que terminou com Day ingerindo uma luz e sendo tomada por ela. “Tínhamos um fundo branco, um fundo preto, um conceito e um sonho (risos). Decidimos fazer em preto e branco pelo conceito da dualidade, além de que o cinzeiro em questão que inspirou a música é quadriculado. No clipe, o Froid simboliza alguém que já chegou num lugar de aceitação do que é ser humano, com suas luzes e sombras. Eu represento a pessoa que está passando por conflitos internos extremamente dolorosos pra chegar nesse mesmo lugar”, explica Day.
“Este é um dos clipes mais diferentes do meu catálogo. Foi um desafio pra mim por sempre estar acostumada a interagir com elementos de arte, mas nesse era eu e a câmera. Tive que me desprender de bastante coisa pra fazer a entrega, e tô muito feliz e orgulhosa do resultado. Sempre falei que sou infinitas possibilidades e que quero testar o máximo que eu puder, mas sempre tive medo, por mais que não pareça. Mas finalmente estou me permitindo e aceitando que o meu tempo é diferente dos outros, e Cinzeiro fala justamente sobre isso”, completa.