A Victoria’s Secret deu mais um passo em sua nova fase com o retorno do tradicional Victoria’s Secret Fashion Show, realizado nesta quarta-feira (15) em Nova York. Após sete anos fora das passarelas, a marca reafirma seu compromisso com inclusividade, representatividade e renovação estética, mantendo o glamour que marcou sua história, mas com uma nova mentalidade.

O evento, que voltou em 2024 e agora chega à segunda edição consecutiva, foi anunciado pela marca em um reel publicado no Instagram no fim de julho, confirmando o retorno de um dos desfiles mais emblemáticos do mundo da moda.
Nesta edição, a passarela recebeu as ex-Angels Adriana Lima, Alessandra Ambrosio, Doutzen Kroes, Candice Swanepoel, Behati Prinsloo, Jasmine Tookes, Lily Aldridge, Stella Maxwell, Barbara Palvin e Grace Elizabeth, ao lado de grandes nomes da moda contemporânea, como Bella Hadid, Irina Shayk, Paloma Elsesser, Ashley Graham e Gigi Hadid. O time também contou com estreias marcantes, como Emily Ratajkowski, Barbie Ferreira, Daiane Sodré e Yumi Nu, reforçando o caráter diverso e inclusivo que a marca vem promovendo.
A trilha sonora acompanhou o novo espírito da grife. As apresentações de Missy Elliott, Karol G, o grupo de K-pop TWICE e Madison Beer definiram o ritmo de uma noite que uniu moda, performance e cultura pop global.
Um novo capítulo após anos de controvérsias
O retorno da Victoria’s Secret acontece em um contexto de reconstrução de imagem. Após anos de críticas relacionadas a padrões de beleza irreais e à falta de diversidade, a marca norte-americana passou por um reposicionamento profundo. A virada começou com o documentário “The Tour”, lançado em 2023, que apresentou uma visão mais diversa, plural e alinhada aos debates contemporâneos sobre corpo e representatividade.
A decisão de reformular o desfile veio após o impacto negativo causado pela série documental “Victoria’s Secret: Angels and Demons”, lançada em 2022, que revelou bastidores polêmicos e apontou problemas estruturais dentro da empresa, incluindo denúncias de assédio, machismo e vínculos controversos na alta gestão. A produção destacou como, por décadas, a marca construiu sua imagem em torno de ideais inatingíveis de beleza, sustentados por uma equipe majoritariamente masculina.
Renascimento nas passarelas
Com a nova direção criativa, a Victoria’s Secret buscou ressignificar seu legado, sem abrir mão do brilho que transformou o desfile em um fenômeno cultural. O evento de 2025 mesclou lingeries clássicas com looks streetwear, refletindo a diversidade das mulheres que hoje consomem a marca.
Na abertura, Adriana Lima e Alessandra Ambrosio desfilaram com asas douradas e bronze, revivendo a nostalgia dos anos 2000 em uma nova roupagem. Em seguida, Madison Beer embalou o segundo segmento com “Make You Mine” e “Bittersweet”, enquanto Irina Shayk e Anok Yai cruzavam a passarela em tons de rosa vibrante.
O terceiro ato trouxe o grupo TWICE, misturando K-pop e moda urbana. A influenciadora brasileira Gabriela Moura fez sua estreia no evento, enquanto Barbie Ferreira, atriz e modelo de ascendência brasileira, reforçou a presença de corpos e estilos diversos no palco.
A atmosfera latina ganhou espaço com Karol G, que apresentou um show intenso em meio a modelos como Bella Hadid e Alex Consani, desfilando peças em tons de vermelho e cortes ousados. A icônica Candice Swanepoel surgiu em um look preto elegante, enquanto Gigi Hadid e Barbara Palvin encerraram o desfile principal com criações em prata e branco.
O grande encerramento ficou por conta de Missy Elliott, que transformou o palco em uma celebração com os hits “Get Ur Freak On”, “Work It” e “Lose Control”, marcando o tom da nova era da marca.
Depois de uma década de turbulências e reavaliações internas, a Victoria’s Secret parece ter encontrado o equilíbrio entre glamour e consciência social, transformando o desfile em um símbolo de reinvenção.
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