Você deve se lembrar de quando “Ocean Eyes” explodiu no SoundCloud e apresentou Billie Eilish ao mundo. Avance alguns quilômetros pela estrada musical e, com os vidros do carro abaixados, é provável que “Birds of a Feather” esteja voando alto nos alto-falantes a trilha ideal para engarrafamentos que viram pistas de decolagem. Em apenas 265 dias, a faixa ultrapassou 2 bilhões de streams, façanha mais rápida já registrada pelo Spotify.
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Esse feito resume bem a trajetória de Billie: ela começou no quarto, brincando com ruídos quase sussurrados, e hoje domina playlists globais com produções que lotam estádios virtuais. O primeiro EP, “Don’t Smile at Me”, entregou o minimalismo de quem ainda afinava a bússola criativa. Já o álbum “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?” (2019) revestiu essa intimidade com graves que pareciam saltar das caixas de som, marcando o pop alternativo com batidas que igualmente assustavam e hipnotizavam.
Em “Happier Than Ever” (2021) a guitarrada entrou em cena e a voz ganhou camadas de desgosto e catarse, sedimentando a transição de prodígio para compositora contundente. A virada definitiva chegou com “Hit Me Hard and Soft”, lançado em 17 de maio de 2024: um disco que funde o bedroom pop original à produção grandiosa de Finneas, resultando em alt-pop tão detalhado que exige fones, mas tão expansivo que sacode arenas. A crítica recebeu o trabalho com aclamação universal, destacando arranjos elásticos e vocais que flutuam entre fragilidade e potência.
Os números sustentam o entusiasmo. Billie passou da marca de 100 milhões de ouvintes mensais na plataforma Spotify, enquanto todas as dez faixas de “Hit Me Hard and Soft” estrearam no top 40 da “Billboard” Hot 100. A indústria também curvou a cabeça: o álbum e suas canções somam sete indicações ao 67º Grammy, incluindo Álbum do Ano e Gravação do Ano.
No palco, a evolução ganha forma física. A “Hit Me Hard and Soft: The Tour” começou em Quebec em 29 de setembro de 2024 e percorre três continentes até julho de 2025, com boatos fortes de uma etapa latino-americana ainda a confirmar. A produção exibe cenários imersivos a sessão de fotos subaquática para a capa do disco exigiu que Billie ficasse horas presa a um peso a dez pés de profundidade, só pela imagem perfeita.
Do sussurro caseiro ao coro global, Billie Eilish transformou vulnerabilidade em vocabulário pop, sem perder o frescor de quem ainda testa limites. Se “Birds of a Feather” já virou hino de para-choque, o próximo passo da artista provavelmente pousará em território ainda desconhecido mas, pelos ventos atuais, deve aterrissar direto no topo das paradas.
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