“Assistiu Porque Quis”: três influenciadores cearenses juntos em uma apresentação irreverente

No espetáculo “Assistiu Porque Quis”, três influenciadores digitais nordestinos de grande sucesso—Max Petterson, Mila Costa e Morgana Camila—sobem ao palco para transformar em show o que começou como uma simples conversa entre amigos. Inspirado pelo podcast “Escutou Porque Quis“, que em menos de um ano se tornou um dos cinco maiores podcasts de comédia do Brasil, o show leva a espontaneidade e irreverência do trio diretamente para o público, criando uma experiência interativa única.

“Assistiu Porque Quis”: três influenciadores cearenses juntos em uma apresentação irreverente | Foto: Divulgação

Max Petterson, cuja trajetória começou no teatro e o levou até a França, trouxe essa experiência internacional para um projeto que celebra a cultura e o humor nordestino. Ele reflete sobre o crescimento inesperado do podcast: “Eu acho que eu assisti o que quis, é igual aqueles cachorros filhotes que o povo diz ‘leva, mulher, não vai crescer, não’, e aí você se vê com um negócio gigantesco que cresceu de última hora. A gente começou realmente, o podcast começou com eu, a Mila e a Morgana como é atualmente e somos três amigos que não éramos tão próximos, mas a gente decidiu fazer um podcast… no começo foi meio que quase uma brincadeira e quando a gente viu, se tornou um dos podcasts mais escutados do Brasil.

Para Mila Costa, conhecida pela autenticidade e leveza com que aborda temas do cotidiano em suas redes sociais, a transição para o palco foi um desafio e uma descoberta. Foi uma mudança enorme, porque apesar dos dois [formatos] serem comunicação com o público, estar no teatro é tudo ao vivo e no celular, às vezes a gente pensa, né? É meio que no improviso, mas é algo que se a gente falar qualquer coisa, dá pra apagar. No teatro não, no olho a olho, no tete a tete, acho que o teatro dá essa experiência de você se conhecer melhor, conhecer o público melhor, entender o seu tempo.

Morgana Camila, por sua vez, destaca a inovação do formato que mescla digital e teatro, mantendo a interação intensa que é marca registrada do podcast. Ao meu ver, nós devemos ser, se não o primeiro, um dos primeiros a sair dos estúdios e ingressar nos palcos. Esse formato, ele é bem desafiador, justamente porque não existe um espetáculo engessado, moldado. Ele sempre é novo, sempre tem assuntos relevantes, às vezes nem tão relevantes, assuntos corriqueiros, assuntos que retratam nosso dia a dia… Então, parte do princípio que não existe roteiro, tá? É muito do improvise, então existe muito da gente, da nossa sanidade fundamental, coisas que poucos aqui têm.

O espetáculo é marcado por quadros que surgiram de improvisos durante o podcast, como explica Max: Ele surgiu da mesma forma que o podcast surgiu, num improviso. Quando o podcast surgiu, o podcast não surgiu com a intenção de ser um podcast, eu acho. E aí a gente começou a ver o que estava engajando, o que estava funcionando. A Morgana contou uma história de tabaco e viralizou. E a gente disse, Morgana, continua contando mais… Então tem o [quadro] ‘Tenho vivido, mas tenho sofrido’, que é aquela coisa do famoso ‘quem vê close, não vê corre’, né?

O ator Dênis Lacerda, que interpreta a assistente de palco Deydianne Piaf, traz um elemento cômico e interativo essencial para o espetáculo. Ele conta como desenvolveu a personagem: “A Deydianne já é uma drag conhecida, eu acho, há cerca de mais de 10 anos, 14 anos, da Noite de Fortaleza. Quando surgiu o convite, já surgiu para o personagem da Deydianne, que já existia, já era conhecida… Ela é a alma do nosso podcast dentro do palco.

Quanto ao futuro, o trio está focado em expandir o show para além das fronteiras do Nordeste.Nosso objetivo é rodar o Brasil, quizá o mundo”, dizem. “A ideia é realmente tentar abranger todo mundo… O céu é o limite. Qualquer dia, a gente está fazendo show por lá também.

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