A cena é um estúdio enevoado por luzes de LED lilás, no qual três vozes vindas de mundos distintos misturam ansiedade boa e uma motivação conjunta. Ali, Belli pressiona o play e surge “Eu e Tu”. O beat recebe camadas de funk carioca, synths de R&B e refrão pop que gruda. Minutos depois, Ne-Yo e MC Daniel batem o martelo: participariam da faixa. De Florianópolis para Los Angeles, passando por São Paulo e Rio, a cantora de 19 anos pavimentou uma ponte sonora inédita, e mais de meio milhão de plays no Spotify em poucos dias confirmam que o público decidiu atravessá-la.
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Antes mesmo de ganhar o hit, Belli acumulava traços de veterana. Aos três anos, já dançava e cantava. Ainda criança, emplacou músicas em trilhas de “Chiquititas”, “Cúmplices de um Resgate” e “As Aventuras de Poliana”. Em 2024, lançou o álbum “VERSOS”. Agora, prepara o segundo disco, previsto para 2025, enquanto o clipe de “Eu e Tu” ultrapassa 6 milhões de views no YouTube e viraliza no TikTok graças à coreografia de Jéssi Muller, gravada em São Paulo com bailarinos brasileiros.
Quando pergunto o que enxergou na parceria com Ne-Yo e MC Daniel, ela respira fundo, segura o fone de estúdio entre os dedos e dispara: “A chance de criar um elo entre mundos que amo me fascinou. R&B e funk com pop refletem minha trajetória e o que quero comunicar.”
A coerência em imagem e som impressiona para quem ainda nem completou duas décadas. Belli argumenta que o segredo mora na imersão precoce: “Vivo arte desde que me entendo por gente. Essa bagagem indica o que desejo expressar e também o que prefiro deixar de lado. Cada escolha estética ou sonora recebe carinho extremo. Evoluo, mas já enxergo com clareza o que me representa.”
Disciplina, segundo ela, sustentou a escalada de trilhas infantis a um feat histórico em tempo recorde. “Desde criança, equilibro estudo e arte, o que ensinou foco. Planejo bastante, porém deixo espaço para o impulso criativo. A parceria com Ne-Yo e Daniel surgiu assim: inesperada, justamente por isso tão mágica.”
Ao analisar o mercado pop do país, Belli enxerga espaço para quem misture linguagens com assinatura própria. “A fusão de dança, elementos de R&B, raiz de funk e postura jovem ainda tem muito a explorar por aqui. Quero ser esse ponto de encontro entre tendência e essência, uma voz de geração que ousa experimentar e conversar com o mundo.”
“Eu e Tu” já soa como cartão-postal dessa ambição. Sem fronteiras entre português e inglês, a faixa confirma que Belli elevou o diálogo Brasil-exterior a outro patamar. Se o futuro reserva álbum novo e mais coreografias virais, o presente entrega uma ponte firme, iluminada por beats globalizados e sonhos que cabem em estúdios de dois continentes. A travessia começou, e o fluxo de ida e volta promete movimento intenso.
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