Despedida boa é despedida no auge. Por isso a Cachorro Grande aproveita o lançamento do disco ao vivo “Clássicos”, com as melhores músicas de seus oito discos de estúdio em 18 anos de carreira, para anunciar uma turnê final de celebração à vida do grupo gaúcho e não à sua parada.
É isso. Nada de notícia agridoce. O quinteto planejou a turnê até o meio de 2019 e a partir dali os integrantes perceberam que cada um tinha um plano próprio desenvolvido.
O vocalista Beto Bruno já está começando a gravar seu primeiro disco solo, que será lançado justamente ao final da turnê da Cachorro Grande – portanto, vai emendar com fita durex, como se fazia antigamente, a fita de rolo do voo com a banda com o seu pouso solo pelos palcos.
O baixista Rodolfo Krieger está com mudança marcada para a Europa; o baterista Gabriel Azambuja quer investir em produção musical, o pianista Pedro Pelotas também tocará seus outros projetos musicais, e o guitarrista Gustavo X engrossa a trupe na banda do vocalista.
Por falar em guitarrista, para a tour a Cachorro Grande contará com o membro original Marcelo Gross também.
Ou seja, alimentaram a Cachorro Grande depois da meia-noite, molharam-na e a transformaram em um Gremlin, com ramificações diversas musicais.
Para fechar essa fase no estilo merecido ao status da banda, selecionaram 20 cidades que foram importantes na trajetória até aqui para se apresentarem e agradecerem devidamente.
No currículo até este 2018, carregam, além dos oito discos de estúdio, apresentações ao lado dos principais astros internacionais, como Rolling Stones, Oasis, Aerosmith, Iggy Pop e por aí segue.
Por aí segue talvez seja a melhor definição para o momento e para a turnê de despedida. Afinal, you say goodbye, I say hello.