Confira entrevista com o grupo Preto no Branco

Na semana passada o grupo Preto no Branco lançou o EP “Segundo Tempo”, o primeiro material pela Universal Music. Gravado no espaço do Ibab (Igreja Batista da Água Branca), em São Paulo, o EP conta com três faixas e traz as participações especiais do rapper Kivitz, na versão ao vivo da música “Se Organize”, composta por Clóvis ; dos sertanejos César Menotti & Fabiano, que dão seu toque à faixa “Com Você Eu Topo” (Clóvis Pinho / Estevão Queiroga); e do cantor Marcos Almeida, que participa da canção “O Autor”, composição de Clóvis Pinho.

Com repertório autoral, o EP traz composições do vocalista Clóvis Pinho e Estevão Queiroga e conta com a produção musical de Abee. Neste novo trabalho, o grupo segue apresentando estilos diversificados, que vêm conquistando milhares de fãs, tanto dentro como fora da igreja.

O Preto no Branco possui uma grande rede de fãs também no meio artístico. Nomes como os cantores Luan Santana, Wesley Safadão, Nego do Borel e Claudia Leitte, os atores e humoristas Whindersson Nunes e Tirulipa são alguns que já mostraram seu respeito e admiração pela banda, cantando o hit “Ninguém Explica Deus”.

Hoje um dos maiores e mais importantes nomes do gospel, oPreto no Branco nasceu em 2015, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e tem hoje dois álbuns lançados: “Preto no Branco” (2015) e “Preto no Branco 2” (2017), que reúnem black, samba, pop, soul e outros diversos ritmos de maneira criativa e inovadora em uma proposta musical ousada, que se renova de tempos em tempos. O grupo traz o talento, a criatividade e a musicalidade de cada um desses artistas, que já possuem respeitadas carreiras no segmento gospel.

O projeto deu tão certo que atingiu mais de 340 milhões em um único clipe. Para se ter uma ideia da força da banda nas redes sociais, apenas no YouTube, onde eles têm 2,4 milhões de inscritos em seu canal, que ultrapassou a marca de 719 milhõesde visualizações. Apenas o vídeo de “Ninguém Explica Deus”, o primeiro sucesso do grupo, foi o 9º mais assistido no país em 2016, dividindo o ranking dos 10 mais acessados com artistas como Justin Bieber, Rihanna e Adele.

O Caderno Pop conversou com Clóvis Pinho sobre a nova fase da carreira. Confira:

O EP foi lançado com três faixas por enquanto. Mas foi tudo gravado em outubro passado, em São Paulo. Quando deve ser lançado o DVD?
O DVD, ele já começou o lançamento e o lançamento tem sido homeopático, a gente tem lançado de 15 em 15 (dias), mensal, dependendo do ritmo das nossas agendas e compromissos. Enfim, a gente tem optado por isso porque o DVD tá muito rico de repertório e participações. É tanta informação que a gente teve receio de lançar de uma vez só e preferiu esse caminho de lançar por vez. De três em três, de duas e até um single por vez. Agora a gente tá passando pro segundo episódio, que é “Preto no Branco – Segundo Tempo”, o EP “Primeiro Tempo” já foi lançado e a gente tá curtindo muito o lançamento.

O Preto no Branco passou por algumas mudanças desde a formação original e hoje só está você. Esse DVD foi pensado depois dessas mudanças no grupo?
Sim, a gente passou por várias mudanças. Não é fácil para uma banda viver esse nível de desfragmentação. Mas a gente continua de pé, o povo tem apoiado a gente nessa nova formação. Uma banda de quatro cantores hoje tem um único cantor, mas a gente tá muito feliz com o resultado e feedback da galera. O DVD foi pensado depois sim, foi uma coisa de cada vez. A gente tinha uma orientação, até porque os outros membros do grupo, a mente deles era mais pra dentro da igreja mesmo e a nossa mente é de dentro pra fora da igreja. Isso fez com que a gente só conseguisse fazer isso agora. Começamos a pensar no repertório do Preto no Branco 3 (terceiro álbum) a partir do momento que a gente viu que ficamos eu e o (Jean) Michel (baterista) e o Alex (Passos), que é o idealizador do projeto. Então a gente tem fundamentado nessa base, o Preto no Branco, e confiado cada vez mais nessa veia de repertório e segmento.

Em três faixas desse EP, tem duas participações especiais – um rapper e uma dupla sertaneja. Mesmo sendo uma banda gospel, vocês sempre tiveram uma pegada mais pop/black, mas sempre mantendo a mensagem do louvor. Acham que isso fez com que o Preto no Branco fosse um grupo que caiu no gosto de tanta gente?
Eu acredito que sim, eu acredito que o motivo da simpatia, do feedback do povo sobre o nosso trabalho e o carinho de tanta gente tem sido porque a gente se modernizou nesse ponto. O feat é uma coisa supervalorizada e atual nesse século, nessa era. Antigamente as pessoas faziam um DVD inteiro só ele cantando. Esses dias vi até o Djavan que não costuma fazer feat, fez um feat no DVD dele. Então acredito que seja a linguagem que essa geração mais tem curtido. Quando eles veem dois cantores significa que os dois baixaram as bandeiras do seu próprio estilo e se uniram em prol da mensagem que tá proposta pra ser passada. Se você não gosta do som da gente, você vai ouvir o som da gente com o cantor que você gosta, e isso vai aproximar, vai fazer pontes e vai ser interessante tanto pra banda quanto pros fãs.

Como foram essas escolhas das parcerias?
A escolha das parcerias foi feita muito organicamente. À medida em que a gente ia observando as canções a gente ia assimilando com quem elas se pareciam mais. Então cada participação, cada ideia da participação foi nascendo a partir desse conceito de entender com quem a música se parecia. A gente fez isso com muito carinho e tá dando muito certo.

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