Após ocupar a empena do Edifício Anchieta com arte digital nos dias 5, 6, 8, 9 e 22 de maio, o Arts SP, em sua 3ª edição, concluiu sua etapa presencial com grande participação do público. Agora, todo o conteúdo do projeto está disponível online, gratuitamente, pelo site www.artssp.com.br e no canal oficial do YouTube.
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A experiência digital reúne bastidores, entrevistas com artistas, imagens aéreas captadas por drones e trilhas sonoras exclusivas. A proposta é prolongar o impacto da arte urbana projetada em plena Avenida Paulista, tornando a vivência acessível e imersiva a qualquer hora, em qualquer lugar.
Com o tema “Ritmos Urbanos”, os artistas criaram projeções visuais inspiradas nos gêneros musicais blues e rock. A curadoria ficou a cargo de VJ Spetto, referência mundial em vídeo mapping e arte digital. As obras exibidas conduzem o público por uma narrativa visual marcada por guitarras elétricas, músicos icônicos e plateias vibrantes, explorando paletas que vão do azul e preto do blues ao vermelho e laranja do rock.
Entre os destaques, três artistas compartilham seus processos criativos:
VJ Grazzi iniciou sua trajetória explorando o abstrato, até se deparar com publicações polonesas dos anos 60 em diante, que moldaram sua estética. “Desenvolvi um estilo que mistura o abstrato com elementos mais realistas, algo que chamo de ‘real surreal’. Projetar minha arte na cidade é transformar o espaço urbano em um museu a céu aberto”, afirma. Ela ainda se define como uma “ovelha psicodélica da família”, em alusão à música de Rita Lee.
Moluco, grafiteiro e ilustrador, utiliza o tablet para simular digitalmente suas obras antes de levá-las às ruas. “Para o Arts SP, me inspirei em um instrumentista tocando tuba, presente tanto no jazz quanto no blues. Ainda valorizo os materiais tradicionais como parte do meu processo criativo”, relata.
SOW84 buscou referências no rock e na cultura do skate. “Essa cena sempre fez parte da minha vida. Escolhi retratar o vocalista do Charlie Brown Jr., que representa bem essa fusão. Minha relação com a arte digital nasceu da paixão por videogames e tecnologia”, explica.
O elenco artístico desta edição ainda incluiu nomes como Leticia Pantoja, Hifa Cybe, Icone K, Luma Assis, Paulo Sayeg, VJ Erms, Aline Fixxa, cada um trazendo um olhar único para o diálogo entre som, corpo e cidade. As obras, produzidas especialmente para o projeto, serão compartilhadas nas redes oficiais.
“O processo criativo do Arts SP é um espaço de experimentação”, explica VJ Spetto, curador do projeto. “Cada artista desenvolve sua obra, adaptada para o formato de vídeo. A trilha sonora, criada por DJ Chico Abreu, interage com as projeções por meio do vídeo mapping, promovendo uma fusão entre arte, tecnologia e acesso democrático à cultura.”
Para Cristiane Plens, diretora-executiva do Instituto Dançar, o alcance digital amplia a proposta original. “Ver o Arts SP ocupar um dos pontos mais emblemáticos da cidade e se expandir no digital reforça nosso compromisso com a democratização da arte e da cultura”, afirma.
O conteúdo completo pode ser conferido a partir de 3 de junho no site oficial, no canal do YouTube (www.youtube.com/@ArtsSP) e no perfil do Instagram @artssp_oficial.
A 3ª edição do Arts SP, realizada pelo Instituto Dançar e apresentada pelo Ministério da Cultura e SulAmérica, com apoio de Jack Daniel’s e Epson, conectou tecnologia, música e artes visuais em uma ação sensorial e gratuita, promovendo acesso à cultura com inovação e originalidade.
Artistas participantes:
- Aline Fixxa (@fixxabrasil)
Artista urbana e pioneira no grafite feminino em Santos, com mais de 15 anos de atuação. Já participou de intercâmbios internacionais e produções premiadas no muralismo e audiovisual. - Hifa Cybe (@hifacybe)
Artista e pesquisadora transdisciplinar, atua desde 2008 nas interseções entre arte, ciência e tecnologia, explorando temas como trauma, espiritualidade e saúde mental. - Icone K (@iconek)
Grafiteiro atuante desde 1999, com estilo próprio que mescla cores vivas e formas retas, influenciado pela arte urbana de São Paulo e o grafite nova-iorquino. - Leticia Pantoja (@lepantoja.art)
VJ e artista visual com 17 anos de carreira, criou visuais para Anitta, Marina Sena e Mano Brown. Idealizadora do Ventre Mapping, é referência em VJing no Brasil. - Luma Assis (@lumatriz)
Artista mineira radicada em São Paulo, transita entre pintura mural, design gráfico e arte têxtil. Participou de exposições no Brasil e no exterior. - Moluco (@marcosmoluco)
Natural de Rondônia, desenvolve obras que misturam grafite, texturas estilizadas e releituras fotográficas do cotidiano urbano. - Paulo Sayeg (@sayegp)
Artista com atuação em diversas linguagens visuais, premiado pela APCA e com exposições no Brasil e fora dele. Foi diretor de arte da Revista E (SESC-SP). - SOW84 (@sow84)
Artista visual e fundador do coletivo OTM, une spray e arte digital em obras que mesclam cultura pop, hip hop e vivências periféricas. - VJ Erms (@vjerms)
Ex-engenheiro, conquistou prêmios internacionais e participou da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Atualmente, assina os visuais de Vintage Culture. - VJ Grazzi (@vjgrazzi)
Artista visual e educadora premiada, com colaborações com artistas como Ivete Sangalo e Pabllo Vittar. Atua como professora e criadora em eventos e festivais de arte digital. - Curador: VJ Spetto (@vjspetto)
Pioneiro do vídeo mapping no Brasil, fundador dos United VJs e da VJ University. Assinou projeções em eventos como as Olimpíadas do Rio, Rock in Rio, Primavera Sound e exposições internacionais. É curador do Arts SP desde a 1ª edição.
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