O thriller psicológico “Apartamento 7A” se propõe a expandir o universo de “O Bebê de Rosemary”, explorando os eventos anteriores ao clássico de 1968. Dirigido por Natalie Erika James, o filme acompanha Terry Gionoffrio (Julia Garner), uma jovem bailarina cujo sonho de alcançar a fama é interrompido por uma lesão grave. Sua trajetória toma um rumo inesperado ao ser acolhida pelo misterioso casal Minnie (Dianne Wiest) e Roman Castevet (Kevin McNally) no edifício Bramford, um local já marcado por uma atmosfera inquietante. Conforme a história se desenrola, Terry é atraída por promessas de sucesso profissional oferecidas por um influente produtor da Broadway (Jim Sturgess), mas rapidamente percebe que há forças sinistras em jogo.
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A proposta de “Apartamento 7A” é interessante, pois se baseia na tensão entre o que o público já conhece de “O Bebê de Rosemary” e o que se revela neste prelúdio. O filme utiliza referências diretas ao clássico, criando uma conexão intrigante para os fãs mais atentos. No entanto, embora a recriação da Nova York dos anos 1960 seja visualmente eficiente, há inconsistências que podem incomodar os mais exigentes, como erros no layout do apartamento 7E, onde os Woodhouses se estabelecem posteriormente.
A direção de Natalie Erika James aposta em uma abordagem mais explícita do que a sutileza perturbadora de “O Bebê de Rosemary”. O terror psicológico se mescla com elementos sobrenaturais, intensificando a sensação de paranoia e impotência da protagonista. A atmosfera do Bramford é um dos pontos altos do filme, com sua arquitetura opressiva e corredores que sugerem segredos sombrios. Contudo, a narrativa por vezes repete de forma excessivamente fiel os passos do longa original, sem acrescentar camadas de suspense suficientes para se sustentar de forma independente.
Julia Garner se destaca com uma atuação intensa e vulnerável, conduzindo o espectador por sua jornada de desespero e descoberta. Seu desempenho transmite a fragilidade e a ambição da personagem com autenticidade, sendo o grande trunfo do filme. Já os novos intérpretes dos Castevets, Dianne Wiest e Kevin McNally, conseguem imprimir uma aura sinistra sem imitar as performances icônicas de Ruth Gordon e Sidney Blackmer, o que adiciona frescor aos personagens.
A maior falha do filme está justamente no que deveria ser sua maior virtude: a conexão com “O Bebê de Rosemary”. Apesar de algumas referências bem trabalhadas, o filme falha em estabelecer uma continuidade perfeita, deixando pontas soltas que comprometem a coerência da narrativa dentro do universo ao qual pretende pertencer. Isso pode ser frustrante para aqueles que esperavam uma amarração precisa entre as histórias.
Ainda assim o longa entrega uma experiência envolvente para os apreciadores do terror psicológico. Embora não alcance a complexidade e o impacto de seu predecessor, o filme é bem executado, com atuações fortes e uma atmosfera cuidadosamente construída. Para quem valoriza a imersão em tramas que exploram o horror da manipulação e do desconhecido, essa prequela oferece uma visão intrigante do que se esconde nos corredores do Bramford.
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