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Crítica: “Borbulhas de Amor” (Champagne Problems)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
em Cinema/Filmes, Netflix, Resenhas/Críticas, Streaming

“Borbulhas de Amor” tenta fazer parte daquele universo de romances natalinos que usam o brilho das luzes, o frio aconchegante e a promessa de reencontros afetivos como combustível emocional. A trama acompanha Sydney Price, executiva norte-americana que enxerga no mercado francês de champagne uma chance de consolidar poder e carreira. A história se apresenta como o encontro entre ambição e encantamento, entre a frieza do mundo corporativo e o calor de um Natal europeu. E, de fato, existe uma sedução imediata quando o filme abre espaço para a Paris iluminada, as ruas decoradas e o clima de festa que transforma a cidade em um cartão-postal vivo. O longa entende o apelo visual da temporada e usa isso como veículo narrativo, mesmo quando o roteiro não acompanha a mesma força.

Crítica: "Borbulhas de Amor" (Champagne Problems)
Crítica: “Borbulhas de Amor” (Champagne Problems)

A dinâmica entre Sydney e Henri nasce de um acaso comum ao gênero, quase como se o filme assumisse que o público já conhece o caminho e quer apenas o prazer de percorrê-lo novamente. Há química o suficiente para manter o espectador envolvido, apesar de diálogos que soam ensaiados e carregam uma artificialidade que impede maior profundidade emocional. Ainda assim, o casal funciona porque o visual funciona; a estética segura a trama onde o texto hesita. Paris, em essência, vira o personagem mais expressivo da história. É a cidade que dá vida ao romance, não necessariamente o romance que dá vida à cidade.

O filme apresenta um elenco de apoio que tenta abrir brechas narrativas, mas nem sempre encontra espaço para se desenvolver. Roberto surge como um ponto de energia autêntica, um personagem que parece existir além do molde habitual do gênero e oferece aquele suspiro de humanidade que faz diferença em produções natalinas. O contraponto aparece na subplot de Ryan, que se desenrola sem impacto e sem função dramática clara, quase como um enfeite esquecido na prateleira depois da ceia. A relação entre Sydney e sua irmã poderia ter fortalecido a base emocional da protagonista, porém o filme se apressa em seguir para o romance e deixa de explorar uma camada que tinha potencial real de complexidade.

Tecnicamente, “Borbulhas de Amor” constrói um ambiente visual deslumbrante. A fotografia abraça o brilho das festas, a paleta quente, os reflexos dourados e aquela atmosfera que faz o espectador lembrar que dezembro carrega seu próprio tipo de fantasia. Paris já tem uma estética naturalmente cinematográfica, mas o longa entende esse capital visual e o transforma na espinha dorsal da experiência. Há algo quase sensorial na maneira como luzes, taças e vitrines se tornam elementos narrativos. Mesmo quando a história hesita, o filme entrega uma estética natalina tão forte que acaba guiando o espectador pela mão até o final.

Um mérito importante está na escolha de deixar personagens franceses falando francês, gesto simples, porém significativo. Isso traz autenticidade, evita aquele artificialismo globalizado em que tudo é falado em inglês e ajuda a construir uma sensação de território que faz diferença nas emoções da narrativa. O longa parece ciente de que realismo cultural também faz parte da magia do romance.

É inevitável reconhecer que, apesar de seus méritos estéticos, o filme escorrega no humor e na construção de momentos emotivos. Algumas cenas chegam com a intenção clara de gerar comoção, mas se revelam rígidas, calculadas, quase como um brinde ensaiado que perde o sabor ao ser repetido. A previsibilidade não chega a ser um problema quando o gênero já abraça sua própria fórmula, porém o desafio está em transformar o previsível em confortável, não em automático. Aqui, o automático aparece mais do que deveria.

Mesmo assim, “Borbulhas de Amor” encontra um espaço especial na prateleira das produções natalinas da Netflix. É um filme que cativa pelo impacto visual, segura o espectador pela atmosfera e entrega um romance funcional, mesmo que imperfeito. Ele funciona como companhia leve enquanto as luzes piscam do lado de fora da janela, e às vezes é exatamente isso que um filme de Natal precisa ser.

“Borbulhas de Amor”
Direção: Mark Steven Johnson
Roteiro: Mark Steven Johnson
Elenco: Minka Kelly, Tom Wozniczka, Flula Borg
Disponível em: Netflix

⭐⭐⭐

Avaliação: 3 de 5.

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