Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda
Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop
Sem resultados
Ver todos os resultados

Crítica: “Brick”

Texto: Ygor Monroe
10 de julho de 2025
em Cinema/Filmes, Netflix, Resenhas/Críticas, Streaming

Existe algo profundamente desconcertante em “Brick”. Não por suas reviravoltas ou pela estética distópica que se revela aos poucos, mas pela forma como o filme nos prende no ordinário e transforma o cotidiano em terreno de ameaça. A ideia de um casal subitamente cercado por uma muralha intransponível dentro do próprio lar é o ponto de partida para uma narrativa que bebe do sci-fi psicológico, mas que se estrutura essencialmente como uma dissecação das ruínas afetivas, da corrosão da vida moderna e da impotência coletiva diante do absurdo.

  • Duo Jack & Jack vem ao Brasil para três shows em dezembro
  • Conheça as apostas musicais de julho no Caderno Pop
  • Crítica: “Chefes de Estado” (Heads of State)
Crítica: "Brick"
Crítica: “Brick”

Philip Koch dirige com precisão uma obra que sabe onde quer chegar. Não há desperdício de tempo, nem na mise-en-scène nem na progressão narrativa. A urgência está instaurada desde os primeiros minutos, mas a claustrofobia que se impõe ali vai além da arquitetura física. Existe uma prisão emocional já instaurada antes mesmo dos tijolos pretos aparecerem. A falta de comunicação entre Tim e Olivia, a ausência de propósito, o acúmulo de decisões não tomadas, tudo isso cria um caldo espesso de tensão que precede o desastre e o torna ainda mais perturbador.

Ao expandir o espaço cênico para outros apartamentos, o roteiro introduz novas figuras que alimentam camadas narrativas e simbólicas. O prédio torna-se uma miniatura de mundo em colapso, onde cada morador representa um recorte possível da sociedade. Uns negam, outros surtam, alguns especulam. A paranoia se espalha como mofo pelas paredes. A ausência de respostas, longe de frustrar, se torna o combustível da obra. Koch está menos interessado em explicar do que em fazer sentir. E o que se sente aqui é desespero, estranhamento, urgência e isolamento.

A direção de arte trabalha com contrastes: do neon vulgar à penumbra opressiva, da plasticidade publicitária ao concreto sujo. Cada apartamento invadido pelos protagonistas revela uma estética particular, como se aquele edifício fosse uma colagem de microuniversos em decomposição. O filme evita a armadilha da alegoria explícita e caminha em direção a um suspense existencial, onde o perigo maior talvez esteja menos no muro do que naquilo que ele revela sobre cada um ali dentro.

Ainda que o terceiro ato ceda parcialmente à tentação das explicações e amarre algumas pontas de forma mais convencional, o impacto não se dilui. A jornada até ali já foi suficientemente devastadora. “Brick” propõe um tipo de experiência sensorial que opera menos pela lógica e mais pela pressão constante que exerce sobre seus personagens e, consequentemente, sobre o espectador.

É um filme que se sustenta na incerteza, que transforma espaço em linguagem e que entende que o medo mais eficaz não vem de fora, mas das rachaduras que correm dentro.

“Brick”
Direção: Philip Koch
Elenco: Matthias Schweighöfer, Ruby O. Fee, Frederick Lau
Disponível em: Netflix

⭐⭐⭐

Avaliação: 3 de 5.

Fique por dentro das novidades das maiores marcas do mundo! Acesse nosso site Marca Pop e descubra as tendências em primeira mão.

Compartilhe isso:

  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
  • Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Relacionado

Temas: CríticaResenhareview

Conteúdo Relacionado

Apple TV

Final explicado de “A Última Fronteira”, primeira temporada

Texto: Ygor Monroe
6 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Eternidade” (Eternity)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Amazon Prime Video

Crítica: “Fuga Fatal” (She Rides Shotgun)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Twinless – Um Gêmeo a Menos” (Twinless)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Honey, Não!” (Honey Don’t!)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Onda de Violência” (Hostile Takeover)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Amazon Prime Video

Crítica: “Um. Natal. Surreal.” (Oh. What. Fun.)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

%d