Em “Bridget Jones: Louca pelo Garoto“, a protagonista retorna mais madura, mas ainda fiel à sua essência desastrada e cativante. A nova adaptação do romance de Helen Fielding estreia nos cinemas brasileiros em 13 de fevereiro e apresenta uma versão de Bridget (Renée Zellweger) que enfrenta a viuvez e a maternidade solo com doses equilibradas de humor e melancolia.
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Desta vez, a trama se distancia dos conflitos amorosos clássicos para abordar a jornada de Bridget após a morte de Mark Darcy (Colin Firth), ocorrida em uma missão humanitária no Sudão. Criando sozinha os filhos Billy e Mabel, ela se vê dividida entre a dor da perda e a pressão social para seguir em frente. Incentivada por seus amigos e até pelo ex-amante Daniel Cleaver (Hugh Grant), Bridget se aventura no mundo dos aplicativos de namoro, ao mesmo tempo em que lida com a competitividade das mães da escola e o inesperado interesse pelo professor de ciências dos filhos, Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor).
Se os primeiros filmes se apoiavam em clichês românticos e no eterno triângulo amoroso entre Bridget, Mark e Daniel, este novo capítulo ganha um tom mais maduro. O roteiro preserva a veia cômica da franquia, mas adiciona camadas emocionais mais densas, explorando a solidão e os desafios da reinvenção na meia-idade. Zellweger, como sempre, encarna a protagonista com maestria, equilibrando sua ingenuidade cativante com uma vulnerabilidade que torna suas dificuldades tangíveis e envolventes.
Entretanto, o longa se perde em alguns momentos ao tentar equilibrar drama e comédia. Algumas piadas parecem deslocadas diante do peso do luto, e certas situações beiram o pastelão, enfraquecendo o impacto emocional do filme. Ainda assim, há momentos genuinamente tocantes, como as conversas de Bridget com os filhos sobre a ausência de Mark, que conferem autenticidade à narrativa.
Visualmente, “Bridget Jones: Louca pelo Garoto” mantém a estética tradicional da franquia, com uma Londres vibrante e bem representada. A trilha sonora também segue a fórmula bem-sucedida dos anteriores, mesclando canções pop sentimentais com clássicos que reforçam a nostalgia da série.
No fim, o filme se sustenta pela força de sua protagonista e pelo carinho do público por essa personagem que, mesmo após tantos desvios, continua irresistivelmente humana. Apesar de algumas escolhas narrativas questionáveis, a produção entrega uma despedida digna e comovente para uma das heroínas mais icônicas da comédia romântica. É um filme que provoca risadas, mas também um nó na garganta, e talvez seja essa mistura que mantém Bridget Jones tão relevante depois de tantos anos.
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