O filme “Megatubarão 2” segue em alta no catálogo do Prime Video há semanas, mantendo-se entre os três mais assistidos. Mas afinal, ele é realmente tão bom? Essa sequência do longa de 2018 leva o público de volta às profundezas do oceano em uma nova jornada com Jonas Taylor (Jason Statham) e sua equipe, desta vez enfrentando desafios que vão além dos colossais Megalodons.
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No primeiro filme, fomos apresentados a um tubarão pré-histórico de mais de 20 metros, o Megalodon, que surpreendeu ao emergir das profundezas da Fossa das Marianas. Em “Megatubarão 2”, a premissa é ampliada, trazendo não apenas os perigos da vida marinha, mas também um enredo envolvendo mineração submarina. Essa operação ameaça a integridade da expedição e coloca os protagonistas em uma luta frenética pela sobrevivência, marcada por combates subaquáticos e, claro, tubarões gigantes.
“Megatubarão 2” aposta em uma produção de alto orçamento para entregar cenários subaquáticos que oscilam entre o industrial e o futurista, oferecendo uma estética que, embora superficialmente convincente, carece de inovação. Os efeitos visuais são competentes, com peixes e criaturas marinhas digitalmente criados que se aproximam do aceitável para os padrões de blockbusters recentes, mas não vão além do básico.
A primeira metade do filme, curiosamente, lembra mais uma exploração de planeta alienígena do que um mergulho nas profundezas do oceano. Esse tom descompassado reflete-se também na montagem, que é, sem dúvida, um dos pontos mais fracos do longa. A edição é fragmentada e dificulta a imersão, prejudicando o ritmo da narrativa.
Jason Statham entrega exatamente o que se espera: carisma e cenas de ação exageradas, mas que muitas vezes destoam do tema central. A inclusão de sequências de luta contra capangas humanos, em um filme que deveria focar nos monstros marinhos, soa deslocada. Wu Jing, conhecido por seu trabalho em “Wolf Warrior”, consegue trazer momentos de humor e dureza na medida certa, enquanto Sienna Guillory, como Driscoll, parece uma imitação pouco inspirada de personagens já conhecidos do gênero.
Infelizmente, a maior parte do elenco serve apenas como “isca de tubarão”, limitando o impacto emocional de suas mortes e contribuindo para a sensação de que o filme prioriza o espetáculo em detrimento do desenvolvimento humano.
Se há algo que “Megatubarão 2” faz bem, é abraçar o absurdo em sua segunda metade. Os últimos 45 minutos são pura extravagância, com tubarões gigantes, dinossauros e cenas que beiram o cômico. Jason Statham lutando com arpões explosivos contra um tubarão é o ápice de uma narrativa que se rende ao entretenimento irracional. Nesse ponto, o filme atinge o que poderia ser seu propósito maior: divertir sem pretensões.
O retorno de Pippin, o cachorro, é um detalhe que agrada os fãs do original e adiciona um toque inesperado de nostalgia.
“Megatubarão 2” é, em essência, uma produção que se beneficia do fascínio do público por histórias de exploração e criaturas gigantescas. No entanto, como filme, é uma obra estruturalmente fraca, com um roteiro inconsistente, personagens esquecíveis e uma direção que parece incerta sobre seu tom. Para quem busca entretenimento descompromissado e tem apetite por cenas de destruição e exagero, pode ser uma experiência válida. Para os demais, será apenas mais um espetáculo esquecível no catálogo de produções blockbusters.
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