Enquanto o mundo da animação se prepara para a chegada de “Moana 2“ aos cinemas brasileiros em 28 de novembro de 2024, revisitar o filme original de 2016 é essencial para entender por que essa história ressoa tanto com o público. Lançado como o 56.º longa do Walt Disney Animation Studios, “Moana” combina animação de ponta, música memorável e uma narrativa rica em autenticidade cultural, estabelecendo-se como um clássico.
Dirigido por John Musker e Ron Clements, com vozes de Auli’i Cravalho e Dwayne Johnson, “Moana“ redefiniu o que esperamos de protagonistas femininas nas animações. A história segue Moana, filha de um chefe polinésio, em sua jornada pelo oceano para restaurar o coração de Te Fiti e salvar seu povo. Este enredo, carregado de simbolismo e força emocional, trouxe à tona discussões sobre identidade, herança cultural e empoderamento feminino.
O filme é realmente bom?
Sem dúvida, “Moana” é uma obra-prima. Sua animação é de tirar o fôlego, com detalhes tão precisos que as ondas do mar e as paisagens das ilhas parecem reais. A trilha sonora, composta por Lin-Manuel Miranda, Opetaia Foa’i e Mark Mancina, é simplesmente icônica. Canções como “How Far I’ll Go” são mais do que melodias cativantes; são declarações de identidade e ambição.
O humor é perfeitamente equilibrado com a emoção, especialmente através do personagem Maui, brilhantemente dublado por Dwayne Johnson, e da charmosa dinâmica entre Moana e o próprio oceano, que ganha vida como uma espécie de personagem coadjuvante. Até mesmo os momentos mais leves, como as trapalhadas de Hei Hei, adicionam camadas de charme à narrativa.
A verdadeira força do filme, no entanto, está em sua protagonista. Moana não é uma princesa convencional. Ela rejeita o arquétipo tradicional e embarca em uma jornada épica, guiada por sua determinação e conexão profunda com sua cultura e seu povo.
A importância da personagem
Moana representa um marco na evolução das heroínas da Disney. Ela é destemida, curiosa e, acima de tudo, independente. Diferente de muitas protagonistas anteriores, Moana não é definida por um romance ou por sua relação com outros personagens masculinos. Sua jornada é completamente sua, e sua motivação nasce de um profundo senso de dever e de pertencimento cultural.
O filme também quebra barreiras ao celebrar a cultura polinésia com autenticidade. Desde as músicas até os elementos visuais e narrativos, há um respeito evidente pela herança cultural que inspira a história. Moana se tornou uma representante poderosa da diversidade, mostrando que heroínas podem vir de qualquer parte do mundo e que suas histórias merecem ser contadas com dignidade e cuidado.
Com “Moana 2” a caminho, é impossível não refletir sobre como Moana já deixou sua marca como uma das personagens mais icônicas da Disney. Sua jornada nos lembra que coragem e autodescoberta não têm limites, e que, às vezes, o maior ato de heroísmo é ouvir a própria voz interior.