Por trás de um telefonema, uma noite aterrorizante que pode acabar em um assassinato. Essa é a premissa de “O Assassino do Calendário”, um thriller que aposta na tensa conexão entre duas mulheres: Jules, uma atendente de linha de suporte, e Klara, a vítima potencial de um assassino cruel. Tudo começa quando Klara liga desesperada para Jules, revelando que recebeu um ultimato do infame Assassino do Calendário: matar o próprio marido ou morrer pelas mãos do criminoso. Com o tempo se esgotando, o destino de Klara depende das palavras e do suporte de Jules, criando um jogo psicológico intenso.
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A trama entrega um suspense direto e funcional, mas se perde em sua previsibilidade. Embora a premissa seja intrigante, o roteiro não consegue sustentar a tensão de forma consistente. Sebastian Fitzek faz uma participação especial inesperada, um aceno que empolga os fãs de thrillers literários. No entanto, a história carece de originalidade, e a suposta reviravolta é apenas moderadamente impactante.
Luise Heyer, como Jules, entrega uma performance que oscila entre momentos de intensidade e outros de superficialidade. Falta à personagem uma profundidade emocional que conecte o público às suas motivações. Já Sabin Tambrea, que interpreta o marido de Klara, sofre com um roteiro que subutiliza seu talento, deixando sua presença na tela muitas vezes sem força. Essa falta de química entre os personagens principais torna difícil investir emocionalmente no destino deles.
Outro ponto fraco do filme é seu visual, que em certos momentos parece datado. Cenas ambientadas em uma balada, por exemplo, remetem mais a produções dos anos 2000 do que a um thriller moderno. Isso tira parte do impacto da atmosfera sombria que a trama tenta construir. Ainda assim, a direção acerta ao usar jogos de luz e sombras para intensificar o clima de paranoia e perigo.
O maior problema, no entanto, é o ritmo. Com 90 minutos de duração, o filme deveria ser uma experiência ágil e tensa, mas os diálogos repetitivos e a dinâmica previsível entre Jules e Klara fazem o tempo parecer se arrastar. Falta energia para sustentar o suspense, deixando a sensação de que algo sempre está faltando.
Apesar dessas falhas, “O Assassino do Calendário” ainda pode agradar aos fãs de thrillers que buscam algo direto e sem grandes complexidades. É um daqueles filmes que você assiste sem esperar muito, mas que cumpre seu papel de entreter. Mesmo com personagens rasos e uma trama previsível, o filme entrega uma dose razoável de suspense e mistério. A reviravolta no final, embora longe de ser surpreendente, adiciona um pouco de sabor à narrativa e garante que o espectador não saia completamente desapontado.
No fim das contas, “O Assassino do Calendário” é como um chiclete que perde o gosto rápido demais. Começa com uma promessa intrigante, mas logo revela suas limitações. Ainda assim, pode ser uma opção razoável para quem procura um suspense leve, sem grandes pretensões. Uma história que, apesar de suas falhas, consegue entreter enquanto dura.
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