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Crítica: “Seus Amigos e Vizinhos” (1ª temporada)

Texto: Ygor Monroe
30 de junho de 2025
em Apple TV, Resenhas/Críticas, Séries, Streaming

“Seus Amigos e Vizinhos” é uma série que entende o que está colocando em jogo. Jon Hamm retorna ao centro da televisão dramática com uma performance que não se limita ao carisma. Ele sabe carregar nas entrelinhas um tipo de desconforto que paira sobre cada cena, seja pelo olhar clínico da câmera, seja pelo mundo estéril de Westmont Village, onde tudo parece limpo demais para ser real. A Apple TV+ entrega mais uma produção de alto nível estético, mas o verdadeiro valor da série está em como ela trata seus excessos.

Do mesmo diretor de “Noites Brutais”, “A Hora Do Mal” estreia em agosto no Brasil

Crítica: “Seus Amigos e Vizinhos” (1ª temporada)

É evidente que a comparação com “Mad Men” ronda o espectador desde o primeiro frame, mas Hamm aqui não tenta repetir Don Draper. O protagonista de “Seus Amigos e Vizinhos” tem outra densidade: é menos enigmático e mais vulnerável, menos idealizado e mais esmagado pela realidade que ajudou a construir. É o retrato de um colapso anunciado, feito com controle absoluto de tempo e clima.

A estrutura é bem amarrada e sabe sustentar a curiosidade, ainda que, em certos momentos, o ritmo abrande ao ponto de parecer indeciso. A série oscila entre o drama moral de prestígio e a sátira de luxo quebrado, e talvez esse seja seu ponto mais frágil. Existe um desejo claro de abraçar muitas identidades narrativas, mas a obra hesita em escolher qual tom vai levar até o fim. É nesse jogo de hesitação que alguns episódios se alongam mais do que deveriam, sustentados por atuações sólidas, mas com menos impacto dramático do que o prometido na largada.

A direção é elegante, a fotografia é precisa e o design de produção se comunica com inteligência. Tudo parece limpo demais, organizado demais, e essa simetria proposital denuncia a grande farsa emocional em que vivem seus personagens. Esse universo de aparência impecável é, justamente, onde a série é mais eficaz: quando decide mostrar que os segredos, os vícios e a ruína estão nas dobras da sofisticação.

O roteiro trabalha bem quando olha para o cotidiano com ironia. Há algo de “The White Lotus” na forma como a série explora os pequenos colapsos do 1% da sociedade, mas “Seus Amigos e Vizinhos” escolhe um caminho mais dramático, sem perder o humor ácido que tempera algumas sequências-chave. Ainda assim, o maior mérito é nunca transformar o protagonista em vítima ou mártir, mesmo quando tudo ao redor se desmancha.

Faltou ambição para a série se tornar algo maior do que uma boa ideia bem executada. O potencial de se transformar num drama arrebatador, com tramas que se cruzam, segredos que se entrelaçam e revelações estruturais, existe, mas não é explorado com profundidade suficiente. A obra prefere operar em ciclos isolados e se sustenta em soluções que, embora bem escritas, limitam a experiência a uma camada superficial de intensidade.

“Seus Amigos e Vizinhos” é elegante, crítica e precisa. Mas ainda guarda energia de sobra que, se liberada, poderia levá-la além do que já entrega com competência. O resultado é uma temporada sólida, com uma atuação impecável no centro e uma ambientação que diz muito com pouco. Falta apenas coragem para deixar o verniz escorrer e revelar de vez o pântano que esconde por baixo do luxo.

⭐⭐⭐

Avaliação: 3 de 5.

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