Depois de deixar o público em choque com “Noites Brutais”, um dos filmes de terror mais surpreendentes de 2022, o diretor Zach Cregger está de volta com um projeto ainda mais ambicioso. “A Hora do Mal” estreia no Brasil no dia 7 de agosto, um dia antes da estreia americana, e já chega cercado de expectativas e curiosidade. O longa mergulha o espectador em um mistério sobrenatural que toma conta de uma pequena comunidade, após um acontecimento traumático e inexplicável.
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Dezessete crianças da mesma sala de aula desaparecem repentinamente na mesma noite e no mesmo horário. A única pista? O silêncio absoluto que fica para trás. Não há testemunhas, não há sinais de luta, não há rastros. Apenas uma ausência sufocante e uma pergunta que assombra cada morador: o que ou quem está por trás disso?
Essa é a premissa central de “A Hora do Mal”, novo longa escrito, dirigido e produzido por Cregger, que decidiu explorar um terror mais emocional e grandioso. Descrito como um “épico do horror”, o filme bebe da linguagem fragmentada e caótica de “Magnólia”, clássico de Paul Thomas Anderson, mas com o peso atmosférico que marcou o primeiro sucesso do diretor. É um projeto pessoal e ousado, que tenta capturar o pânico coletivo, os traumas silenciosos e os nós psicológicos que surgem quando o absurdo se infiltra no cotidiano.
A jornada até a realização do longa começou em janeiro de 2023, quando o roteiro de “A Hora do Mal” caiu no mercado e acendeu uma verdadeira guerra de bastidores. Estúdios como Netflix, Universal, TriStar e New Line Cinema disputaram os direitos do filme. No fim, a New Line venceu a disputa com uma proposta de 38 milhões de dólares, que cobriu todos os custos de produção e salários. Zach Cregger garantiu não apenas o comando criativo total do projeto, mas também o direito à versão final do corte, desde que os testes de audiência não apontassem rejeição crítica.
A disputa foi tão intensa que gerou atritos nos bastidores de Hollywood. A Monkeypaw Productions, empresa de Jordan Peele, entrou na briga junto com a Universal, mas perdeu o projeto. O resultado foi o rompimento entre Peele e seus antigos empresários, incluindo Peter Principato, que também cuidava da carreira de Cregger. O filme não estava nem em pré-produção e já mexia com as estruturas de poder da indústria.
No elenco, uma escalação de peso ajuda a dar corpo ao caos emocional do enredo. Josh Brolin lidera o grupo ao lado de Julia Garner e Alden Ehrenreich. O trio principal é acompanhado por nomes como Benedict Wong, Amy Madigan, Austin Abrams, Cary Christopher e June Diane Raphael. A participação de Pedro Pascal chegou a ser confirmada, mas ele deixou o projeto por conflitos com as filmagens de “The Fantastic Four: First Steps”. Seu substituto foi justamente Brolin, que já traz na bagagem um histórico sólido em narrativas de tensão e impacto.
As filmagens começaram em maio de 2024, em Atlanta, sob um clima de absoluto sigilo. O diretor tem nas mãos um dos filmes mais aguardados do terror, especialmente porque Cregger já provou que sabe trabalhar com o inesperado, o desconfortável e o grotesco com inteligência e precisão.
“A Hora do Mal” não parece interessado em repetir fórmulas, nem em amaciar o impacto. É um projeto que nasce de uma proposta artística clara: provocar. E se depender do que já foi revelado, o filme deve mergulhar o público em uma espiral de medo, paranoia e tensão psicológica, onde o horror não está apenas no que acontece, mas naquilo que ninguém consegue explicar.
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