Shakira anunciou uma série de shows no Brasil em 2025, e a gente do Caderno Pop já está contando os dias para conferir ao vivo o furacão latino! Pensando nisso, decidimos revisitar toda a discografia da nossa diva, desde os primeiros passos. E o que melhor para começar essa viagem do que “Magia“? Afinal, todo furacão começa com uma brisa, não é?
“Magia“ é o primeiro álbum de Shakira, lançado em 1991. Uma coleção de músicas compostas por uma Shakira ainda adolescente, repletas de sonhos juvenis e aventuras românticas, coisas bem normais para qualquer garota. Só que o que impressiona aqui é pensar que, aos 13 anos, ela já assinava um contrato de três álbuns com a Sony! Mesmo sem controle sobre a produção, Shakira entregou cinco músicas originais, o que, convenhamos, já é um feito e tanto.
Shakira se apresenta no Brasil em fevereiro de 2025. A turnê da cantora no país é uma realização da Live Nation com patrocínio do Santander. Para mais informações, basta clicar aqui.
Agora, quanto à qualidade do som… bom, aqui é onde a ‘magia’ fica um pouco “acústica demais”. A produção é claramente de baixo orçamento, e as canções soam como aquele pop latino anos 90: fofo, leve, mas sem muita chama. Por outro lado, uma menção especial ao guitarrista Sergio Solano, que salvou várias faixas com solos de guitarra que trazem um toque inesperado de cor ao álbum.
O disco “Magia” de Shakira, lançado em uma fase precoce de sua carreira, traz uma coleção de canções que refletem tanto a juventude da artista quanto o embrião de uma trajetória musical que se tornaria mundialmente aclamada. A primeira faixa, “Sueños”, já demonstra esse caráter experimental. Apesar de uma introdução promissora, o refrão é pouco memorável, desfazendo-se facilmente na mente. A estrutura, que parece anunciar uma reviravolta, segue de forma linear, o que enfraquece a densidade emocional da música.
Em “Esta Noche Voy Contigo”, Shakira explora uma balada com elementos de metais, conferindo um tom mais dançante. Embora tenha potencial para animar um evento casual, a faixa ainda carece de uma energia que realmente incite o ouvinte a dançar com intensidade.
O ponto alto do álbum começa a surgir em “Lejos de Tu Amor”. Com uma atmosfera soul e uma linha de baixo envolvente, essa faixa apresenta uma sonoridade mais madura, oferecendo um vislumbre de personalidade própria. É neste momento que Shakira começa a explorar um lado mais autêntico, revelando um bom domínio do groove e uma intimidade com o gênero.
A faixa-título, “Magia“, revisita um terreno um pouco previsível, com sintetizadores que remetem aos anos 80 e um refrão que, apesar de bem executado, não se destaca pela originalidade. No entanto, os solos de guitarra de Solano ao final adicionam um toque interessante, resgatando a faixa no terceiro minuto e conferindo-lhe uma força inesperada.
Em “Cazador de Amor”, encontramos uma ousadia mais intensa, com guitarras claramente inspiradas no hard rock de Van Halen. Este momento oferece uma pausa revigorante, uma mudança de ritmo que traz um frescor ao disco e revela a intenção de Shakira de ir além das convenções.
Por fim, o álbum encerra com um remix de “Lejos de Tu Amor”, que, apesar de sua proposta, sofre com o excesso de volume da bateria, abafando os outros instrumentos e comprometendo a harmonia.
No conjunto, “Magia” oferece uma visão intrigante do talento inicial de Shakira. Embora o álbum não tenha alcançado um status icônico, ele guarda, em suas composições cruas, a essência de uma artista que ainda encontraria sua voz. É um relicário da fase de aprendizado de uma futura estrela, e serve como um registro valioso para quem acompanha a carreira de Shakira.
O disco, apesar de fazer parte da história da cantora, atualmente não está disponível nos serviços de áudio. Para acompanhar mais de perto os lançamentos de Shakira, basta clicar aqui.
Nota final: 50/100
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