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Crítica: “The Pitt” (1ª temporada)

Texto: Ygor Monroe
8 de julho de 2025
em HBO Max, Resenhas/Críticas, Séries, Streaming

Não é sobre agulhas, nem sobre sangue, nem sobre o frenesi típico de séries médicas. “The Pitt” aposta em outra narrativa: o colapso silencioso. A primeira temporada dessa produção original do Max constrói seu impacto não na catarse, mas no acúmulo. Cada episódio é uma gota que transborda o copo emocional dos personagens, um retrato da exaustão que define o dia a dia de quem sustenta, no limite, a linha tênue entre vida e morte.

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Crítica: "The Pitt" (1ª temporada)
Crítica: “The Pitt” (1ª temporada)

Com estrutura rigorosa, o roteiro delimita o tempo com precisão matemática: quinze episódios, quinze horas de um mesmo plantão. O formato à la “24 Horas” não é apenas estilístico. É um mecanismo que aprisiona o espectador na rotina hospitalar de maneira quase claustrofóbica, como se a única saída para o alívio fosse esperar, junto com a equipe, o final do turno.

Mas essa não é uma série sobre casos médicos. É uma série sobre o que resta de um médico depois que o caso acaba. E é aí que “The Pitt” encontra sua força. A dramaturgia não esconde a podridão emocional que vem de lidar com overdose de adolescentes, epidemias evitáveis, negligência sistêmica e tragédias em massa. A sequência do massacre no Pittfest, por si só, é um divisor de águas narrativo, um momento em que a série escancara a falência da sociedade e a impotência dos que tentam salvá-la.

No centro desse vórtice está o Dr. Robby Robinavitch, interpretado por um Noah Wyle que talvez esteja em sua melhor forma desde os tempos de “ER”. A atuação não se apoia em rompantes nem em frases de efeito. O que Wyle entrega é uma implosão lenta, precisa, inescapável, a performance de um homem que já não sabe mais diferenciar trauma do cotidiano. A série recusa a construção clássica de herói trágico. Em vez disso, oferece um protagonista que afunda em silêncio e se expõe por inteiro justamente quando tenta esconder seu colapso.

A força de “The Pitt” também está no modo como apresenta personagens que inicialmente soam como clichês ambulantes, para depois desmontá-los com uma sofisticação rara. A Dra. Trinity Santos, por exemplo, surge como uma caricatura a residente insuportável, cheia de frases cortantes e autoconfiança agressiva. Mas à medida que os episódios avançam, o texto revela suas cicatrizes, seus traumas e a coragem brutal de quem sobreviveu à violência e não quer repetir o ciclo.

A série erra, claro, ao forçar certos arcos românticos que destoam da atmosfera carregada. O timing emocional é frequentemente sabotado por tentativas de humanizar personagens com tramas sentimentais que não sustentam o mesmo peso do restante. Mas mesmo nesses momentos mais frágeis, “The Pitt” não perde o tom é como se o universo construído por Gemmill e John Wells tivesse maturidade suficiente para suportar suas próprias inconsistências.

Não há redenção fácil. Não há heróis inabaláveis. Há humanidade crua, desesperada e, por isso mesmo, comovente. E quando a câmera se afasta dos corredores sujos e nos leva ao telhado, onde Robby encara o nada com olhos vazios, a série parece enfim admitir que nem tudo pode ser salvo. Que certos danos não se corrigem. Que algumas dores não se tratam com morfina.

“The Pitt” encerra sua temporada de estreia deixando a ferida aberta. As pontas soltas não são falhas narrativas, são lembretes de que o sofrimento não tem estrutura de três atos. A segunda temporada já está confirmada, mas dificilmente conseguirá repetir a honestidade visceral do primeiro ano. E talvez nem precise. Porque o que a série deixa como legado não é o suspense sobre o futuro de seus personagens, mas a certeza de que ainda há espaço para ficções que nos enfrentam com o peso da realidade.

Título: The Pitt
Direção: R. Scott Gemmill, John Wells
Elenco: Noah Wyle, Tracy Ifeachor, Patrick Ball, Katherine LaNasa
Disponível em: Max

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 4 de 5.

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