Em seu 13º ano de existência, a DarkSide Books estreia na Bienal do Livro Rio com uma proposta que extrapola o espaço de vendas e leitura. A editora aposta em uma estrutura de 300m², batizada de Casa Dark, que mergulha o público em experiências imersivas, referências da cultura pop e uma curadoria que mantém viva a identidade da Caveira no terror, mas sem limitar o escopo narrativo da marca.
Era dos festivais: 5 eventos memoráveis que deveriam voltar
O primeiro contato com essa experiência começa fora da Bienal. O público que chega ao Rio de Janeiro poderá embarcar no DarkBus, um ônibus temático com saída do Aeroporto Santos Dumont até o Riocentro. O trajeto de 1h40 será transformado em uma prévia interativa do que aguarda os leitores no evento.
A Casa Dark abriga múltiplos ambientes temáticos. Um deles simula uma videolocadora dos anos 80, com edições da DarkSide ligadas ao cinema, como “Os Goonies”, “Tubarão”, “Star Wars” e a estreia de “Pânico: O Legado do Grito”. Em outro ponto, uma ambientação inspirada em um necrotério apresenta o universo da coleção Crime Scene, voltado a true crime. Essa linha tem curadoria da criminóloga Ilana Casoy, que retorna ao evento como uma das autoras convidadas.
No núcleo clássico da programação, o público encontrará uma sala dedicada a “Alice no País das Maravilhas”, com as ilustrações originais de John Tenniel. Fora da Casa Dark, a temática se estende à roda-gigante Leitura nas Alturas, com uma cabine especial e conteúdos sonoros baseados na obra de Lewis Carroll. Alice também estará presente no Labirinto de Histórias Paper Excellence, ao lado de narrativas inspiradas em Wicked, ampliando o eixo de releituras contemporâneas da literatura mundial.
A editora também lança oficialmente sua célula de educação. EducaDark traz uma programação específica nos dias 16, 17 e 18, com atividades para professores e estudantes. Outra frente da marca, a linha Fofotrevas, apresenta livros de colorir com figuras como Nosferido, Zezé do Caixão e a boneca Annabelle em versão lúdica, além da estreia da linha de brinquedos DarkToys, distribuídos como brindes durante o evento.
Na papelaria, a marca Darkpaper apresenta cadernos que se conectam à identidade visual da editora, com inspiração em botânica, bruxaria natural e universos como o de Alice.
Auditório Dark Mojica: encontros e debates
Durante toda a Bienal, de 13 a 22 de junho, o Auditório Dark Mojica, batizado em homenagem a José Mojica Marins, receberá 18 autores nacionais e internacionais. Os encontros abordam temas como terror contemporâneo, traduções literárias, bruxaria no mainstream, HQ como ferramenta social e thriller feminino internacional. Participam nomes como Cesar Bravo, Ilana Casoy, Jessica Roux, Daniel Cruz, Enéias Tavares, Julie Berry, Agustina Bazterrica, entre outros.
Abaixo, a programação completa:
13/06 (sexta)
14h – O Terror nos Encontra Aqui (Cesar Bravo)
15h – Sessão de autógrafos (Cesar Bravo)
17h – Vida Real, Crimes Reais (Ilana Casoy)
18h – Sessão de autógrafos (Ilana Casoy)
14/06 (sábado)
11h – Crowdfunding na publicação independente (Editora Wish)
13h – Imaginação Ilustrada (Jessica Roux, Valentina Toro)
14h – Sessão de autógrafos (Jessica Roux e Valentina Toro)
17h – Sessão de autógrafos (Cesar Bravo)
18h – Sessão de autógrafos (Ilana Casoy)
15/06 (domingo)
10h – Imaginação Ilustrada (Roux e Toro)
11h – Sessão de autógrafos (Roux e Toro)
14h – A Natureza do Mal (Daniel Cruz)
15h – Sessão de autógrafos (Daniel Cruz)
17h – Fantástico Insólito na Literatura Nacional (Tavares, Febbe, Raviere, Denser)
18h – Sessão de autógrafos (convidados)
16/06 (segunda)
15h – Editando Alice (Dorigatti, Marina Avila)
17h – Traduzir com Imaginação (Bonesso, Dorigatti, Raviere)
17/06 (terça)
14h – Wicked no mainstream (Bianchi, Z Mario)
16h – Tradução em nova língua (Winarski, Heloisa, Lizardo)
18h – Tarot no dia a dia (Léo Silva)
19/06 (quinta)
12h – HQ como ferramenta social (Diniz, Hora)
13h – Sessão de autógrafos (Diniz)
15h – A linguagem Dark nos quadrinhos (Carneiro, Miranda)
18h – Corações à Deriva (Barrios e Libertad)
19h – Sessão de autógrafos (Barrios e Libertad)
20/06 (sexta)
11h – HQ e realidade (Diniz e Hora)
12h – Sessão de autógrafos (Diniz)
14h – E.L.A.S – thriller feminino internacional (Lourey, Marshall, Holland)
15h – Sessão de autógrafos (Lourey, Marshall, Holland)
18h – Horror Latino (Bazterrica)
19h – Sessão de autógrafos (Bazterrica)
21/06 (sábado)
10h – Tokyo Terror: mangás e animes nas sombras (Oliveira)
14h – E.L.A.S em evidência (Lourey, Holland, Marshall)
15h – Sessão de autógrafos (Lourey, Holland, Marshall)
17h – Entre Guerras e Amores (Julie Berry)
18h – Sessão de autógrafos (Julie Berry)
22/06 (domingo)
10h – Sessão de autógrafos (Bazterrica)
14h – Sessão de autógrafos (Berry)
A presença da DarkSide na Bienal consolida um formato de atuação multissensorial e conceitualmente coeso. A marca resgata o fascínio pelo objeto livro e, ao mesmo tempo, investe em formas expandidas de leitura e interação com o público. A editora chega à Bienal com estrutura, narrativa e comunidade. Tudo o que uma curadoria literária precisa para ser relevante hoje.
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