Márcio Filipe Walter, mais conhecido como DJ Eme, encontrou um caminho singular dentro da música eletrônica brasileira. Natural de Uberaba, Minas Gerais, e nascido em 1991, ele começou sua jornada em 2014, inspirado pela própria família, composta por músicos, e por um mergulho autodidata no universo dos beats e das pistas. Em seus primeiros passos, criou o projeto Reload Music, ao lado de dois amigos, que durou seis anos e lhe rendeu destaque no circuito nacional.

Aos poucos, o DJ passou a se destacar por remixar grandes sucessos e misturar gêneros, colaborando com artistas como Jorge Vercillo e o grupo Raça Negra, em uma versão eletrônica de “Cheia de Manias”. Também participou do DVD “Alma” de Raffa Torres, no qual comandou uma fusão entre sertanejo e música eletrônica. Agora, em 2025, Eme segue expandindo essas pontes com o lançamento da faixa “Meet Me”, em parceria com Ownboss, e com trabalhos ao lado de Zeeba e Tomate.
Durante o evento de comemoração dos 15 anos de carreira de Matheus e Kauan, realizado na última quarta-feira (28), Eme falou sobre seu momento atual, a relação com o sertanejo e os próximos passos: “Primeiro quero parabenizar os meninos por uma carreira de sucesso. Me sinto muito à vontade navegando nesse meio comercial com o sertanejo, porque é onde a gente mais está. Hoje eu divido mais palco com Matheus e Kauan, Jorge e Mateus, Safadão, Henrique e Juliano do que com a galera do eletrônico”, explicou, com naturalidade. Segundo ele, a escolha por esse caminho foi estratégica: “Achei que era o jeito mais fácil de levar a música eletrônica para mais pessoas.”
Essa aproximação com o público sertanejo não foi um acaso. Desde os primeiros anos da carreira, Eme apostou em colaborações que cruzam fronteiras. “A gente vem com remixes de Israel e Rodolffo, fizemos coisa com Titãs, com Negrali, com Jorge Vercillo, com o Zeeba. Agora vem lançamento com Seu Jorge. A ideia sempre foi trazer artistas brasileiros de outros gêneros para dentro da eletrônica”, contou.
Sobre a recepção do público nos shows sertanejos, Eme destacou a importância de saber ler o ambiente. “Tem abraçado desde que o DJ tenha o sensor para saber onde está chegando. A gente tem que ter respeito por estar entrando em outro gênero e esse gênero está nos recebendo. É preciso trabalhar de forma comercial, interativa, com troca com o público. Não é só tocar o que você quer, mas o que as pessoas querem ouvir”, refletiu.
Com uma agenda cheia e novos lançamentos no horizonte, o DJ adiantou algumas novidades de 2025. “Vamos fazer grandes feiras. A próxima é em Rio Preto, com Jorge e Mateus no palco principal. Vai ser um grande marco para nós. Vamos trazer o Nick Furlong, que cantou ‘The Nights’ com o Avicii, para fazer o show com a gente. Também vamos anunciar uma nova gravadora, uma das maiores do mundo, e teremos mais de doze lançamentos até dezembro, com artistas nacionais e internacionais.”
Com uma carreira cada vez mais consolidada e uma proposta musical ousada, DJ Eme segue transformando a música eletrônica brasileira em um território de fusões, colaborações e novos públicos.
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