
A banda Baru Baru, conhecida por sua musicalidade envolvente e letras profundas, está marcando uma nova fase em sua carreira com o lançamento do single “Distopia”. Em entrevista exclusiva ao Caderno Pop, os integrantes compartilharam detalhes sobre a transição sonora que estão vivenciando e o impacto que essa mudança terá nas futuras composições da banda. Com a produtora Vivian Kuczynski trazendo novos elementos para sua música, a banda enfrenta o desafio de desapegar de sonoridades confortáveis, abraçando uma nova forma de expressão artística. “Distopia” foi escolhida para inaugurar essa trilogia de lançamentos, oferecendo uma atmosfera de introspecção e suspense que promete cativar os fãs.
Além da sonoridade renovada, “Distopia” aborda temáticas profundas sobre a desordem interna e externa, refletindo as experiências pessoais dos membros da banda durante o início da pandemia. Com influências que vão do pop de Madonna ao rock indie de Parcels e música eletrônica de Ten Walls, a banda explora uma ampla gama de referências sem preconceitos. A Baru Baru também aproveitou a oportunidade para destacar sua forte mensagem simbólica e visual de promoção da igualdade de gênero na indústria musical, reafirmando seu compromisso em fomentar a cena de mulheres na música. Confira!
Com o lançamento de “Distopia”, vocês mencionam uma nova fase na carreira da banda. Como vocês descreveriam essa transição e o que os fãs podem esperar das futuras composições da Baru Baru?
Quando chegamos na trilogia das músicas que queríamos lançar, entendemos que também queríamos experimentar uma sonoridade nova. A produtora Vivian Kuczynski foi escolhida justamente por termos certeza que ela traria elementos novos para a banda. O principal desafio foi desapegar de sonoridades já confortáveis e o maior aprendizado foi como conseguimos também nos expressar de formas diferentes. Distopia foi escolhida como primeiro lançamento da trilogia, pois a música passa uma atmosfera tanto de introspecção quanto de suspense. É como um grande prelúdio da nova fase da Baru Baru.
O single “Distopia” traz uma reflexão profunda sobre a desordem interna e externa. Como essas temáticas refletem suas experiências pessoais e como vocês esperam que os ouvintes se conectem com essa mensagem?
“Distopia” teve o seu processo de composição no início da pandemia. Eu, Milena, em casa de madrugada com um violão de nylon comecei a querer expressar o fato que tudo estava caótico ao redor. É uma grande reflexão interna. É exercer um olhar sobre o mundo que internamente não faz sentido, ao menos não com o que se vê objetivamente.
A integração de elementos eletrônicos em “Distopia” é uma novidade para a sonoridade da banda. Quais artistas ou gêneros influenciaram essa nova direção musical e como vocês planejam explorar isso em trabalhos futuros?
Temos uma grande amplitude de referências sonoras, vamos do pop da Madonna, rock indie de Parcels, e também música eletrônica, Ten Walls. A grande diferença nesses novos lançamentos é justamente transitar por diversos generos sem preconceito e sem amarras.
Como estão os planos para futuros lançamentos? Podem dar um spoiler para o Caderno Pop?
Estamos muito felizes com a parceria que temos com a Marã Music, o pessoal está fazendo um trabalho incrível na divulgação e nas estratégias de lançamento. O spoiler aqui será que teremos o primeiro show em festival já no começo de agosto com a Baru.
A banda possui uma forte mensagem simbólica e visual representando mulheres na música. Como vocês enxergam o papel da Baru Baru na promoção da igualdade de gênero na indústria musical?
É claro que estamos bem longe de qualquer equidade de gênero no ramo musical, os homens ainda são a maioria dos streams, das bandas nos festivais, dos empresários, enfim, ainda existe um monopólio masculino que é inegável. Nós queremos demonstrar a nossa essência acima de tudo, é claro que fomentar a cena de mulheres na música sempre será um brilho no olho. Vemos hoje que, as mulheres têm ganhado mais espaço e cada vez mais demonstramos o quão autêntico e primoroso é o resultado de projetos realizados por mulheres.
