Um dos novos nomes do pop brasileiro está com tudo! Com muita ousadia, o cantor e compositor DeLuca lançou recentemente seu single “VACILOU”. Cheia de personalidade e genialidade, a música é uma crítica à indústria do entretenimento e vem ainda acompanhada de um visualizer criativo e com referências incríveis. “VACILOU” já está disponível em todas as plataformas digitais.
Na nova faixa, DeLuca usa sua voz e talento para falar sobre o desafio como artista na atual indústria do entretenimento. O público quer consumir algo inédito, mas existe uma grande pressão do “que dá certo”, influenciando a liberdade criativa de quem respira arte. Pensando nisso e experienciando essa realidade, o jovem artista traz suas vivências e boas ideias para ser visto e sair do comum com “VACILOU”.
O clipe de “VACILOU” contou com direção de Digão, já a fotografia, é assinada por Lizandra da Silva. Indo além, DeLuca apresenta fortes referências e inspirações visuais, como as décadas de 80 e 90 no projeto. E o visualizer ainda entrega vários easter eggs de um projeto futuro, estratégia conhecida por ser usada por grandes nomes da música como Beyoncé e Taylor Swift. Assim como a nova faixa, o clipe de “VACILOU” também já está disponível no canal oficial de DeLuca no Youtube.
Para saber mais sobre a música, o clipe e até mesmo como começou sua carreira, o Caderno Pop entrevistou DeLuca, que deixou um recado especial para a gente! Confira a entrevista exclusiva:
DeLuca abre coração sobre carreira e fala sobre seu último lançamento “VACILOU” :
– “VACILOU” é seu mais recente single. Qual a importância que você acredita que esse projeto tem na sua carreira?
Pra mim, tá sendo muito sobre entregar um trabalho completo. Visuais, produção refinada. Apresentar a música para as pessoas do jeito certo, contar minha história, me mostrar para o mundo de uma forma que eu nunca havia me mostrado antes. Me expor mesmo! Estou realmente disposto a fazer o que for necessário para chamar atenção para esse trabalho, que é um dos mais importantes pro meu crescimento como artista e como alguém que está sob total controle da própria narrativa.
– O clipe de “VACILOU” tem alguns easter eggs de um projeto futuro. Poderia nos falar mais um pouco sobre?
Não tem como falar muito sem expor os planos futuros, mas há algumas referências e coisas bem específicas em momentos do vídeo que vão fazer sentido muito em breve. Estou olhando agora para uma pasta cheia de arquivos, demos, referências e todo o planejamento para o futuro e é muito empolgante saber que muitos desses trabalhos logo logo serão lançados pro mundo!
– Como surgiu a ideia de explorar esses easter eggs em “VACILOU”?
Uma das minhas artistas preferidas ama fazer isso de forma bem sutil, que é a Beyoncé. Sempre quis ter a oportunidade de fazer o mesmo, acho que é uma forma muito legal de manter os ouvintes engajados.
– Esse é o seu primeiro audiovisual que você contou com uma equipe maior e gravou em estúdio, certo? Conta um pouco mais sobre essa evolução?
Foi muito legal fazer esse trabalho em parceria com a minha equipe e meus amigos. Sempre fui meio lobo solitário, mas dessa vez, contei com uma galera de peso. Digão e Lizandra da Silva, fotógrafa e artista que ajudou a gente visualmente. Lizandra já fotografou Fernanda Abreu, que é uma referência gigante para mim nesse trabalho em específico – o clipe “Jorge de Capadócia” tava ali nos meus quadros de referência. Digão já trabalhou também com a Fernanda e com o DJ Swag do Complexo – dos hits versão proibidona de “Acorda Pedrinho” (com Oly e Hyperbaile), e “Colegagem” (versão de “Por Supuesto”, da Marina Sena). Clipe é um negócio desgastante de fazer, toma o dia inteiro. É make que precisa ser retocada, é look que tem que ficar inteiro até o final da gravação, é erro e refação. Para mim, foi interessante, apesar de tudo. É estressante, mas o resultado vale muito a pena! Eu, por exemplo, quando terminei, fui com meus amigos beber! A gente ficou muito realizado. Sinto que eu nasci pra fazer arte, então expressar o trabalho que eu faço cantando visualmente é incrível.
– Houve algum desafio específico durante as gravações do videoclipe? Como você lidou com esses desafios e o que aprendeu ao longo desse processo?
Me manter de bom humor (risos)! Porque havia uma ansiedade para fazer tudo a tempo e deixar tudo exatamente, ou muito próximo, do jeito que eu mentalizei. O que a gente aprende é que perrengue é para acontecer mesmo. A forma como você lida com eles é o que define o sucesso e a qualidade do resultado final!
– Voltando um pouco no tempo, como foi seu começo na música? A vontade de ser cantor e compor?
Eu sempre soube que queria ser cantor, desde pequenininho. Eu cantava álbuns inteiros, fazia shows em casa, pros meus bonecos. Cantava na igreja, ficava horas e horas emitindo as notas a plenos pulmões. Tinha uma fascinação absurda por CDs. Fazia os meus próprios álbuns à mão, com papelão, papel, cola, cortava, diagramava, desenhava o encarte, escrevia as letras – mal sabia escrever direito – e isso num período em que eu achava que a norma era escrever as próprias músicas! Quando cresci que descobri que existem artistas que recebem composições de outros (risos). Acho que isso moldou muito da minha personalidade como artista. Venho de um background cristão e a música é algo muito real nas igrejas. Entrei em estúdio pela primeira vez com 9, 10 anos de idade. Nessa idade, escrevi minhas primeiras músicas – cristãs. Meu pai, mesmo sem dinheiro sobrando (vivíamos uma realidade muito difícil, de só não passar necessidade, porque ele e minha mãe sempre davam seus pulos), fez sacrifícios e co-financiou minha primeira sessão em um estúdio de bairro junto com um amigo dele, que se tornou um grande amigo meu, mesmo eu tendo pouca idade. Para mim, aquilo foi o auge da minha vida. Gravar num estúdio! Meu pai sempre foi um dos maiores incentivadores do meu trabalho. Mesmo agora que ele partiu desse plano, sinto ele muito presente em tudo o que eu faço. Ele dizia “gosto dessa música” e eu cantava de novo e de novo só pra ele ouvir. Ele era uma das primeiras pessoas a ouvir minhas composições e a gente passava horas conversando sobre as músicas. Sinto que tudo que eu faço é pra ele também. Depois, é claro, quando eu cresci e comecei a tentar emular meus artistas preferidos – Mariah, Whitney, Milton, Djavan, essa galera do R&B, soul e MPB -, foi quando criei uma personalidade musical bem minha, baseada no que eu queria para mim como intérprete, o que eu realmente queria pro meu futuro. Escrever música “de verdade” foi algo que surgiu com prática, execução e aperfeiçoamento na minha vida por volta dos 16. Hoje, é algo que eu faço quase que para viver. Não consigo me ver sem fazer música. Eu provavelmente morreria.
– Qual seu maior aprendizado desde que deu início à sua carreira?
Paciência é uma virtude, mas esperar sentado é um desperdício. Vai surgir um monte de gente falando sobre um tal de “melhor momento”. Dane-se eles! O melhor momento é agora, que você está vivo. Trabalhe com o que você tem pra conseguir o que você quer. Tome tempo só pra respirar, depois ponha a mão na massa de novo.
– E como você idealiza seu futuro como artista? Qual seu maior sonho profissional?
Cantando para um monte de gente, fazendo shows. Meu maior sonho é levar minha música Brasil, continente e mundo afora. É questão de tempo! O Caderno Pop vai poder dizer “a gente esteve lá desde o início!”. Vocês vão ver!