Fauna, flora e folclores brasileiros são temas do novo álbum de Alan Bernardes

Artista carioca ligado aos manguezais de Guaratiba, Alan Bernardes sabe bem que preservar a biodiversidade é fundamental para manter viva a cultura de um povo e que a extinção da floresta é também a desertificação da subjetividade. Sendo assim, fauna, flora e folclore se misturam em “Menino Brasil”, seu novo álbum que foi lançado na quinta-feira, dia 16, e que conta com a participação de Luiz Antonio Simas.

Nele, Alan Bernardes convida os bichos e as lendas da floresta para um baile brasileiro e busca promover o repasse de uma tradição centenária para futuras gerações. Sua poesia não só une temáticas ambientais, mas também o sincretismo religioso e a pluralidade da cultura popular. Figuras como o Curupira, Iara, Boitatá, Oxossi, São Jorge, Ogum e seres encantados se reúnem em uma grande celebração das riquezas do país.

Para esse projeto de exaltação à nossa diversidade, Alan buscou trazer uma pluralidade de vozes. Além de um feat com a cantora pernambucana Flaira Ferro e da vinheta com relato da Dona Marilsa, uma voz ribeirinha e amazônica, “Menino Brasil” conta ainda com a ilustre participação do professor, historiador e compositor Luiz Antonio Simas em duas faixas. Seus textos repletos de ginga e de palavras cheias de significância pro imaginário popular servem como prelúdios que ajudam a contar a história do disco. “Ter a participação do Simas é uma alegria imensa! Acompanho ele há muito tempo e me lembro quando pulava a estação de trem de Campo Grande só para assistir suas aulas abertas na praça do Méier. Eu sempre fui fascinado pelas suas pesquisas sobre as manifestações populares e ter um cara como ele no meu álbum é muito inspirador”, comenta Alan Bernardes.

Ao longo de quinze faixas, “Menino Brasil” reacende a chama da cultura oral por meio de lendas, crenças e feitiços que envolvem o público em sentimentos, apalpando o Brasil pelos ouvidos. Carregado de esperança no país, Alan Bernardes usa a música como ferramenta de transformação social e comenta: “Esse álbum é, antes de tudo, um canto de proteção aos seres das matas e um apelo pela conscientização ambiental, mas sem perder a fé na potência que tem o Brasil. Espero conseguir trazer luz para a nossa cultura e biodiversidade de uma forma leve e que encante as pessoas.”

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