A Mother Monster ressurgiu no deserto com mais do que um show. Lady Gaga apresentou uma verdadeira ópera do caos na edição 2025 do Coachella. Prestes a desembarcar no Brasil para uma performance histórica nas areias de Copacabana, no dia 3 de maio, a artista norte-americana foi o epicentro de uma sexta-feira que misturou nostalgia, brutalidade e reinvenção.
De “The Fame” a “Mayhem”: as eras mais icônicas de Lady Gaga

Lady Gaga vem ao Brasil em 2025 para um show histórico na Praia de Copacabana, um evento que celebra sua trajetória e sua relevância global. O espetáculo conta com um time de patrocinadores de peso: Santander (banco oficial), Latam Airlines (transporte oficial), Deezer (player oficial) e Eventim (apoiador oficial). A realização do evento fica a cargo da Live Nation e Bônus Track, com suporte comercial da Klefer e apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro, RioTur e VisitRio. No Brasil, a distribuição do catálogo de Lady Gaga é feita pela Universal Music. Para mais informações basta clicar aqui.
Com mais de duas horas de duração, o espetáculo funcionou como rito de passagem para a nova fase artística da cantora: um território mais sombrio, distorcido, gótico, onde o pop flerta com o rock industrial e o eletrônico pesado. O show não foi só uma coletânea de sucessos ou um desfile de visuais elaborados. Foi uma declaração de princípios, uma síntese daquilo que Gaga constrói há anos: transformar referências em algo explosivamente original.
O palco principal do festival foi dominado por uma estrutura que lembrava a Ópera Garnier de Paris. Colunas, estátuas e um clima fantasmagórico evocavam o universo de “O Fantasma da Ópera”, mas sob a lente torta e maximalista de Gaga. A abertura com “Bloody Mary” já deixava claro que a noite não seria de conforto. Vestida com uma estrutura vermelha monumental, da qual os dançarinos emergiam como espectros, Gaga dava início ao seu novo ritual.

Na sequência, “Abracadabra” e “Scheiße” mergulharam o público numa zona de tensão entre misticismo, delírio e política. Esta última ainda incluiu uma referência visual à Santa Ceia. O repertório percorreu faixas de “Mayhem”, seu mais recente álbum e um dos discos mais celebrados do ano, como “Garden of Eden”, “The Beast” e “Zombieboy”, intercaladas com clássicos como “Poker Face”, “Alejandro” e “Paparazzi”. Nesta última, a cantora recriou elementos do videoclipe original, mas com uma aura ainda mais sinistra.
Um dos momentos mais impactantes visualmente veio em “Poker Face”, que transformou o palco em um tabuleiro de xadrez iluminado, onde Gaga enfrentava uma versão de si mesma vestida com o figurino de “Bad Romance”. A performance foi ao mesmo tempo metalinguística e coreografada com precisão cirúrgica. Gaga dançava com sua própria sombra.

A teatralidade do show se desdobrou em interlúdios que conectavam os blocos. “Perfect Celebrity”, “Killah” com Gesaffelstein e “Shadow Of A Man” sugeriam uma narrativa fragmentada, quase onírica, como se o show ocorresse num lugar entre o céu, o inferno e os bastidores da fama.
No discurso mais emblemático da noite, Gaga declarou: “Nós somos monstros e monstros nunca morrem. A verdade é que somos todos um. Você é quem escolhe ser.”
Palavras que pareciam fechar o ciclo de uma artista que sempre soube usar sua dor, seus excessos e sua performatividade como matéria-prima para criar espetáculos que não cabem em definições fáceis.
A apresentação marcou o retorno de Gaga ao line-up principal do Coachella. Ela já havia sido headliner em 2017, mas desta vez tudo soou como estreia. Se antes ela surgia como uma estrela pop consolidada substituindo Beyoncé, agora se impunha como visionária de sua própria linguagem, num momento em que a cultura pop parece buscar um novo norte.
Lady Gaga se apresenta novamente no festival no dia 18 e segue para o México no dia 23, antes de aterrissar no Rio de Janeiro para o aguardado show gratuito em Copacabana, que deve reunir mais de um milhão de pessoas. Se a apresentação no Coachella for um prenúncio, o que vem aí não é só um show. É uma experiência artística completa, brutal e viva.
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