A primeira metade de 2025 já entregou mais música boa do que muito ano inteiro por aí. Pop, hip hop, experimental, balada, collabs improváveis e artistas que decidiram se reinventar ou se reafirmar. Em meio a lançamentos altamente calculados, tendências nascidas no TikTok e hits que nasceram prontos para os charts, algumas músicas se destacaram pelo conjunto da obra: impacto, conceito, produção e o que a gente mais gosta, identidade sonora com propósito.
Entre divas em fase maximalista, apostas ousadas e veteranos que seguem jogando em outro nível, listamos 10 faixas internacionais que colocaram 2025 em um outro patamar sonoro. Um top 10 sem hierarquia, só com aquela curadoria de quem ainda acredita que música pop é uma forma de arte.
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“Abracadabra”, Lady Gaga
Com um título que parece saído de um truque de Las Vegas, Gaga faz o que sabe melhor: transformar tudo em espetáculo. Lançada com pompa no Grammy, “Abracadabra” foi mais do que performance, foi estratégia. A faixa já nasceu como um statement, com produção pulsante, clipe repleto de referências à própria videografia e um vocal afiado que mergulha num pop sombrio, quase ritualístico. O maior debut solo da carreira dela no Spotify não veio por acaso. Quando Gaga quer, ninguém segura.
“ExtraL”, Jennie e Doechii
Jennie está construindo seu próprio império fora do BLACKPINK e, com Doechii ao lado, assina um hino que exala confiança, irreverência e presença de palco mesmo fora do palco. Em “ExtraL”, cada verso é uma provocação embalada num beat cortante. As duas se alternam num jogo de poder e estilo, com um videoclipe que mistura high fashion, estética de clipe indie e uma atmosfera de desfile futurista. Ponto para quem apostou nessa parceria fora do óbvio.
“DtMF”, Bad Bunny
Aqui a sigla diz tudo: Bad Bunny virou trilha sonora para quem sente saudade do que nem viveu direito. “DtMF” é confessional, meio nostálgica, mas sem perder o calor do reggaeton que ele domina. É o tipo de faixa que vira trend, embala reels, mas não se esgota ali. Tem peso emocional, uma letra que gruda e uma produção que equilibra o urbano com o emocional. E mais: consolidou a presença do porto-riquenho como ídolo pop também no Brasil, sem precisar mudar uma vírgula.
“Anxiety”, Doechii
Doechii vive um momento raro no pop atual: ela entrega vulnerabilidade com coragem, sem deixar o flow cair. Em “Anxiety”, ela revisita os próprios medos com uma sensibilidade que salta do sample nostálgico de Gotye direto para a pista de dança digital do TikTok. A produção acerta na medida entre o caótico e o íntimo. E ainda rendeu um clipe impactante e uma performance que entrou para a lista de momentos marcantes da temporada.
“Striptease”, FKA twigs
FKA twigs continua em sua missão de transformar a fragilidade em potência performática. Em “Striptease”, ela constrói uma narrativa sonora que começa sussurrada, sensorial, e termina num colapso eletrônico que quase tira o fôlego. O resultado é um R&B distorcido, sensual e cheio de camadas. A produção experimental de Dylan Brady só amplifica esse efeito de colagem emocional. twigs não entrega singles. Ela entrega experiências que rasgam a superfície.
“Vanish Into You”, Lady Gaga
Mais uma de Gaga? Sim. E com razão. Enquanto “Abracadabra” é o grito, “Vanish Into You” é o suspiro. É glam rock moderno, é drama, é entrega total ao sentimento. Com ecos de Bowie e uma melodia que desaba aos poucos, a faixa tem tudo para se tornar um clássico dos shows da cantora. Além de conquistar o público nas plataformas, ainda virou destaque nos fóruns de fãs por supostamente homenagear Tony Bennett. Gaga faz pop com cérebro e coração.
“Cry for Me”, The Weeknd
The Weeknd segue em sua fase noir, onde cada clipe parece um filme de arte e cada faixa soa como trilha de um sonho lúgubre. “Cry for Me” é o exemplo mais recente de como ele consegue equilibrar emoção crua com produção sofisticada, sem nunca cair na armadilha do exagero. Com vocais fantasmagóricos e uma estética visual que remete ao cinema expressionista, a música se tornou um dos momentos mais marcantes de seu álbum mais recente.
“Born Again”, Lisa, Raye e Doja Cat
Lisa estreando solo já seria grande. Mas trazer Raye e Doja Cat para um feat sobre renascimento, poder feminino e estética divina foi o movimento certo. “Born Again” entrega batida, narrativa e visual de impacto, tudo na medida. As três dividem os vocais com naturalidade, sem competição, cada uma impondo sua assinatura. O clipe reforça a mensagem de empoderamento com uma direção de arte digna de fashion film.
“Fame is a Gun”, Addison Rae
Subestimar Addison Rae em 2025 é um erro. Em “Fame is a Gun”, ela mostra que entendeu o jogo do pop como narrativa e persona. A faixa tem punch, ironia, melodia chiclete e um clipe que poderia facilmente ter saído da cabeça de David Lynch com pitadas de Gregg Araki. É camp? É. Mas é do tipo que sabe rir de si e ainda parecer cool. Um pop dramático e autoconsciente que a coloca oficialmente na briga por um lugar no pop mainstream.
“Something Beautiful”, Miley Cyrus
Miley fez um álbum conceitual, lançou um filme, apareceu nos cinemas e, no meio disso tudo, ainda teve tempo para entregar um dos singles mais impactantes do ano. “Something Beautiful” é uma declaração artística cheia de referências e intensidade emocional. A faixa é só a ponta do iceberg de um projeto ambicioso que mistura rock, ópera pop e uma estética visual que beira o surrealismo. A era é dela, e ela sabe disso.
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