Três anos depois de apresentar “Meu Esquema” ao mundo, a cantora baiana Rachel Reis retorna com um novo capítulo em sua trajetória. Com lançamento marcado para o dia 15 de abril, o álbum “Divina Casca” propõe uma experiência que ultrapassa o som e mergulha na construção visual como extensão da própria música. Antecipado em janeiro pelo single “Deixa Molhar”, o projeto marca a consolidação artística de Rachel, que demonstra domínio sobre estética, conceito e identidade.
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Em “Divina Casca”, Rachel opta por ampliar o diálogo com o público por meio de imagens, personagens e atmosferas que completam o disco. O álbum nasce de uma pesquisa que vai além das composições, é uma busca por um universo onde o visual não ilustra, mas ecoa as emoções e intenções das canções. O Caderno Pop teve acesso ao disco e conversou com a artista, que se revelou animada, centrada e em plena maturidade criativa.
“É um projeto visual”, resume Rachel logo de início, ao falar sobre o desenvolvimento do conceito estético do álbum. “Tive sorte de trabalhar com a Aline Lata e o Érico. Já era super fã dela, tinha visto coisas que ela fez com a Céu, e sou muito fã de Céu. A Aline arrasa. Ela tem uma sutileza… é sutil, é chique, sabe?”, diz a cantora, destacando o cuidado em manter elementos que já fazem parte de sua identidade artística. “Quis trazer a Sereia — os fãs mais próximos me chamam assim — mas de um jeito que não ficasse literal. E ela entendeu de primeira.”
A ideia de incorporar surfistas ao visual partiu justamente dessa colaboração criativa com Aline. “Quando ela trouxe a ideia das surfistas, achei genial. Sinto que a gente chegou num lugar ideal ali. Fico muito feliz com o resultado”, afirma.
O videoclipe de “Ensolarada”, dirigido por Bruna Sosa, também é citado como exemplo dessa imersão estética. “Tem uma coisa mais freaky, com aquele ruído, aquele tom esverdeado puxado pro azul. Foi filmado em analógico. E eu fiquei muito feliz com o resultado. Isso é importante pra mim. Foi do jeitinho que eu queria. Tô feliz.”
Além da narrativa visual, o disco resgata uma lógica de mercado que tem voltado a ganhar força — a sinergia entre imagem e som como parte do lançamento de um álbum. Embora esse movimento tenha sido consolidado internacionalmente, Rachel aposta no impacto que “Divina Casca” pode ter dentro da música brasileira.
“Espero que cause bastante impacto, né?”, diz, entre risos. “A gente sempre faz esperando que mais pessoas cheguem na gente. Eu percebo que tenho um público muito diverso — tem senhora, tem criança, tem gente alternativa. E eu acho isso maravilhoso. Espero continuar atingindo todo mundo, com música que se comunique com todos.”
A pluralidade, aliás, é uma das marcas mais fortes do novo trabalho. Mesmo partindo de uma sonoridade sutil e lírica, Rachel acredita que sua música fala com muitas vozes ao mesmo tempo. “Apesar da construção da identidade ser sutil, a gente acaba abraçando um pouco de tudo, da sonoridade que eu bebo. E espero que ele chegue em muitas pessoas.”
Ao final da conversa, a cantora ainda adiantou que os fãs podem esperar uma turnê caprichada para acompanhar o lançamento do álbum. E dessa vez, com uma preparação que ela própria reconhece como nova. “Antes eu não ensaiava pra show, né? Era tipo: vou cantar, vou fazer acontecer. Agora a gente ensaia, está estruturando o show pra que ele comunique a mensagem. Com certeza vai ter turnê. A gente tá trabalhando pra isso.”
“Divina Casca” chega com a missão de aprofundar a linguagem de Rachel Reis e posicioná-la como uma das artistas mais completas de sua geração. Com uma identidade visual sofisticada e um discurso afinado entre o lírico e o pop, o álbum promete marcar o ano de 2025.
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