O ator e músico Romaní tem mais lançamento na área, conciliando a dramaturgia e sua recente estreia em “Maldivas”, na Netflix, também desponta na carreira musical. Repleto de referências de época, joias exuberantes, muito estilo e autenticidade, o single e clipe “Forasteiro” já nasce com múltiplas mensagens e estética impecável. A produção está prevista para ser lançada em todas as plataformas digitais no dia 24 de junho e terá o clipe veiculado no canal do YouTube de Romaní. Em seu novo som, ele atua, canta, compõe e, também, participa como diretor e roteirista.
“Forasteiro” tem em sua essência contar um pouco da trajetória do artista, que, em sua caminhada, e sendo filho de cigana, chegou a morar em um caminhão, junto dos pais, se deslocando de cidade em cidade e se adaptando às novas realidades, sem deixar sua base de lado, como por exemplo o fato de ter morado em uma ‘quebrada’, como ele mesmo se refere, chamada Rio do Ouro, em Caraguatatuba.
“A ideia dessa música vem e trazer um sentimento que eu e uma parte dos ciganos temos e compartilhamos, de estar sempre se mudando por conta de trabalho, dia a dia, de vender coisas em estados diferentes e ser forasteiro por onde passamos”, conta.
“Dinheiro nunca vai valer mais que a minha paz, fé inabalável. E nóis merece muito malote e lazer. Sou forasteiro, pulo de amor e cidade, dinheiro nunca vai valer mais que conselhos. Os meus eu vendo caro”, diz trecho da letra, referindo-se, por exemplo, ao período em que Romani morou de Sul a Nordeste (Florianópolis a Maceió).
O clipe foi gravado em São Paulo e no Rio de Janeiro, com uma diferença de aproximadamente um mês, para criar a sensação de caracterização temporal – em uma parte das cenas, Romani aparece sem barba, e, em outra, com barba. A ideia foi retratar uma diferença de 100 anos entre as cenas, retratando os antepassados. Toda a produção foi feita em quatro diárias de gravação e conta, em sua totalidade, com atores ciganos.
Entusiasta das práticas musicais desde muito novo, Romaní começou a tocar violão aos sete anos por incentivo dos pais. Aos 13 anos se mudou por um tempo para a cidade de São Paulo, onde tocou em bares da região; embalava o público com músicas de Tim Maia, Djavan e, também Charlie Brown Jr.
Ainda na cena musical, já trabalhou como produtor sem, inclusive, ter tido qualquer formação na época ou saber mexer em algum programa de gravação. Foi quando conheceu nomes importantes como Apollo 9, que foi um dos fundadores do ‘Planet Hemp’ e já produziu inclusive o álbum de Rita Lee. Aprofundando nesse universo das canções, produções, interpretações, Romani passa a integrar o projeto ‘Na Voz Delas’, exibido no Canal Bis, onde jovens cantores performam músicas nacionais e internacionais de artistas que marcaram gerações com múltiplos estilos musicais das épocas.