Após cinco anos de hiato, o VillaMix Festival retornou neste último sábado, 21 de dezembro, na Neo Química Arena, em São Paulo. Apesar das expectativas, a edição trouxe momentos de euforia e também de controvérsias. Um dos principais eventos de música sertaneja do Brasil, o festival apostou em um line-up diversificado, reunindo artistas nacionais e internacionais, mas enfrentou desafios que marcaram o retorno.
Confira a agenda de shows de dezembro em São Paulo
O público foi surpreendido pelo cancelamento das apresentações de dois dos nomes mais aguardados: Matheus e Kauan e Gusttavo Lima. A ausência da dupla foi justificada por um suposto descumprimento contratual envolvendo mudanças no horário de sua apresentação, enquanto Gusttavo Lima enfrentou problemas de saúde que o levaram a ser hospitalizado no dia do evento. A organização, em resposta às ausências, ofereceu 50% de desconto no chope vendido no local e anunciou que os ingressos seriam válidos para a edição de 2025, cuja data e detalhes ainda não foram definidos.
Apesar dos contratempos, o festival seguiu sem perder o ritmo e otimismo. Um dos destaques foi a performance da Kevin Brauer Band, liderada pelo artista conhecido mundialmente pelo projeto Sevenn. Explorando novos horizontes musicais, Kevin trouxe uma fusão de country, rock e folk, com direito à gravação de um DVD ao vivo. Outra surpresa foi o rapper Veigh, uma inclusão no line-up inesperada, mas bem recebida pelo público, especialmente entre os mais jovens.
O encerramento ficou a cargo de Post Malone, atração internacional de peso, que conquistou a plateia com um show impactante, embora parte do repertório não fosse amplamente conhecida pelos fãs brasileiros. Sua presença reafirmou o esforço do VillaMix em ampliar horizontes e diversificar suas atrações, mas também levantou reflexões sobre o foco do evento.
A edição 2024 trouxe à tona uma questão importante: o VillaMix deveria manter-se fiel às suas raízes goianas e ao sertanejo, ou continuar apostando em um formato mais diversificado? Com o gênero sendo o mais escutado no Brasil, o sucesso comercial de um evento focado no nicho é praticamente garantido. No entanto, ao adicionar artistas internacionais, o custo de produção aumenta, refletindo diretamente no preço dos ingressos. Talvez seja hora de repensar o formato, investindo em mais dias com temáticas específicas e uma curadoria ainda mais robusta de atrações sertanejas para evitar frustrações.
Seja qual for o caminho escolhido, o retorno do VillaMix mostrou que o festival ainda tem fôlego para grandes edições. No entanto, é preciso equilibrar tradição e inovação para garantir o entusiasmo do público e consolidar sua relevância no cenário musical.
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