A cidade de São Paulo será palco, em agosto, da 7ª edição do Festival Internacional de Luzes, que se consolida como um dos eventos mais relevantes da cena urbana voltada à arte digital e intervenções em larga escala. A proposta do festival é transformar a paisagem urbana em uma plataforma de exibição de obras visuais, por meio de tecnologias como vídeo mapping, laser de alta potência e instalações interativas.
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A edição de 2025 traz uma programação distribuída por três finais de semana consecutivos, com foco em ocupações noturnas de espaços públicos e marcos arquitetônicos. O Monumento às Bandeiras, a Avenida Paulista e o Beco do Batman estão entre os pontos que receberão intervenções. As atividades são gratuitas e voltadas ao público geral.
Antes da programação principal, o festival realiza uma série de ações preparatórias, com destaque para o Boulevard das Artes, nos dias 27 e 28 de junho. A intervenção ocupará o cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, utilizando projeções em empenas de edifícios, efeitos de laser mapping e ambientações que dialogam com a arquitetura da região.
Ainda em julho, a ação Ocupação dos Céus, nos dias 18 e 19, utilizará fachos de laser projetados de cinco pontos do centro expandido da cidade. O efeito será visível a quilômetros de distância, funcionando como um marcador visual das transformações temporárias propostas pelo festival.
A iniciativa é realizada pela Visualfarm, estúdio fundado por Alexis Anastasiou, com financiamento via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A produção conta com apoio do Ministério da Cultura e das empresas Yelum Seguradora e Visualfarm. Desde sua criação, o festival se propõe a estabelecer uma rede de trocas artísticas e a democratizar o acesso à arte digital em escala metropolitana.
Residência internacional e curadoria expandida
Em 2025, o festival inaugura o programa Intertwine Network, uma plataforma de residência artística com artistas do Brasil, Camarões, França, Colômbia, Equador e Japão. Os projetos foram selecionados com base em propostas de imersão urbana, uso criativo de tecnologia e experimentação de linguagem.
Entre os artistas brasileiros, participam Cauê Maia, Koral Alvarenga, Marina Caverzan, Rodrigo Carvalho, Uni Experience (Elaine Favero e Janara Lopes) e o Coletivo Coletores (Toni Baptiste e Flavio Camargo). As obras abordam temas como poesia urbana, IA, reflexões sobre água, emocionalidade coletiva e apagamentos históricos em territórios periféricos.
Também participam Fred Ebami (Camarões/França), com projeções digitais sobre identidade afro-atlântica, Karen Palacios (Colômbia), com instalação que cruza dança e biologia urbana, Paul Rosero Contreras (Equador), com coral digital de paisagem andina, e os artistas japoneses Kyota Takahashi e Reiko Kawaguchi, com performance coletiva de luzes em formato floral.
Histórico da Visualfarm e atuação de Alexis Anastasiou
Fundada em 2003, a Visualfarm é um estúdio interdisciplinar dedicado a experiências imersivas, atuando na interseção entre arte, tecnologia e design. A empresa é responsável por projetos de grande escala que envolvem mapeamento de fachadas, robótica, iluminação urbana e sonorização.
Alexis Anastasiou, idealizador do festival, é reconhecido por obras como o Abraço do Cristo (2010), no Rio de Janeiro, e pela criação do Festival Vídeo Guerrilha, que ocupou a Rua Augusta entre 2010 e 2012. Com passagens por instituições como Columbia College e Bienal de Frankfurt, Anastasiou tem expandido a atuação da Visualfarm para cidades como Florianópolis, Rio de Janeiro e agora, com a internacionalização do Festival de Luzes, estabelece São Paulo como epicentro do circuito latino-americano de arte digital urbana.
Mais informações sobre a programação e os pontos de intervenção serão divulgadas nas redes oficiais do festival ao longo do mês de julho.
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