A história de um dos nomes mais irreverentes e geniais da música brasileira ganha um novo capítulo a partir do dia 26 de junho, quando estreia no Globoplay a série “Raul Seixas: Eu Sou”, produção original que mergulha sem freio na trajetória desse ícone que atravessou gerações, estilos e paradigmas. O lançamento acontece exatamente na semana em que Raul completaria 80 anos, e os oito episódios chegam de uma vez só na plataforma, prontos para quem quiser encarar essa viagem em maratona.
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O projeto se propõe a muito mais do que recontar os sucessos do pai do rock brasileiro. Ele quer decifrar Raul Seixas. Ou, pelo menos, tentar. Estrelada por Ravel Andrade, que encara o desafio de viver o Maluco Beleza, a produção aposta em uma abordagem que mistura intimidade, política, contradição e genialidade. Desde a infância em Salvador até as parcerias com Paulo Coelho e Cláudio Roberto, passando por festivais, crises existenciais e delírios filosóficos, a série constrói um retrato denso, complexo e, acima de tudo, humano.
Com criação de Paulo Morelli e direção dividida com Pedro Morelli, a produção da O2 Filmes não se contenta com o óbvio e busca um equilíbrio raro entre fidelidade histórica e linguagem contemporânea, com uma cinematografia que respeita a estética dos anos retratados sem abrir mão da imersão atual. Segundo os próprios criadores, a ideia era permitir que o público respirasse o mesmo ar que Raul, entendesse suas inquietações e sentisse a urgência de suas mensagens.
A série percorre o nascimento de Raulzito, ainda criança, sonhando em mudar o mundo e ser famoso, até sua transformação no símbolo de liberdade que incendiou palcos e programas de auditório. A relação com Elvis Presley, a paixão por literatura e astronomia, os rompantes criativos, o humor ácido, a melancolia, os excessos e o espírito de provocação constante: tudo está lá, costurado por performances recriadas de forma precisa e cenas de bastidores que ajudam a montar o quebra-cabeça do artista.
Ravel Andrade brilha ao dar vida a um personagem que se recusa a ser domesticado. “Ele não só fala ao cantar, ele empodera a pessoa para ser o que ela quiser”, disse o ator em entrevista, captando bem o ethos de Raul. E a série vai além das músicas: ela mostra o impacto social e político de sua arte, suas lutas internas, suas falas quase proféticas e seu eterno embate com o conservadorismo.
Sucessos como “Let Me Sing, Let Me Sing”, apresentado no Festival da Canção, e os bastidores de clássicos como “Maluco Beleza” surgem como capítulos de uma narrativa maior, que entrelaça a genialidade artística à busca pessoal por sentido, liberdade e transgressão. “É clichê, mas Raul é uma ‘metamorfose ambulante’. Ele nunca foi o mesmo cara”, resume Ravel, em uma das frases que melhor define o espírito da série.
O elenco ainda conta com nomes como Cyria Coentro, Caroline Abras, Chandelly Braz, Amanda Grimaldi, João Vitor Silva, Jaffar Bambirra, Gabriel Wiedemann e Julio Andrade em participação especial. E não é só no Brasil que a série promete causar impacto: “Raul Seixas: Eu Sou” foi selecionada para a mostra competitiva oficial do festival Series Mania, na França, marcando a primeira vez que uma série brasileira disputa a principal categoria do evento.
Com trilha, alma e provocação, a série não tenta canonizar Raul. Tenta compreendê-lo. E, ao fazer isso, convida o público a fazer o mesmo com suas próprias contradições. Uma viagem que pulsa como rock, filosofa como alquimia e emociona como arte de verdade.
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